São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

Cinema

Rei dos monstros

Conheça a história de Max, menino que desembarca numa terra povoada por criaturas nem fofas nem assustadoras

Divulgação
O garoto Max e a criatura KW, em cena do filme, que já está no cinema

JANAINA TOKITAKA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Muitas vezes as imagens contam uma história tão bem quanto as palavras. É o que ocorre no livro de Maurice Sendak "Onde Vivem os Monstros" (ed. Cosac Naify), que virou filme, dirigido por Spike Jonze.
O livro narra a história de Max, um menino de nove anos que, depois de fazer bagunça e brigar com a família, decide fugir para uma ilha distante em seu barquinho. Chegando lá, descobre que a terra é povoada por monstros que o fazem rei das coisas selvagens.
Boa parte das aventuras e brincadeiras do menino com os monstros é contada em imagens no livro de Sendak: quanto mais Max entra na floresta e domina seus habitantes, maiores vão ficando as ilustrações, até chegarem a três páginas completamente sem texto.
Os desenhos, meio assustadores, mas também bonitos, misturam tons clarinhos com traços mais escuros e carregados, ajudando a criar o clima da história.
No filme (indicado para maiores de dez anos), a fotografia também ajuda a contar o tipo de aventura que Max está vivendo: a terra selvagem é linda e fascinante, mas também meio triste e perigosa. Os monstros não são fofinhos, mas também não são horrorosos -só de olhar, não dá para dizer se são bons ou maus.
Assim, dá para perceber que tanto o livro como o filme falam daquelas situações em que a gente não sabe muito bem como está se sentindo: às vezes, meio sozinho, com muita raiva de alguém ou de algo, às vezes, o rei do pedaço -ou tudo isso ao mesmo tempo.

JANAINA TOKITAKA é ilustradora e autora de livros como "Sétima Noite de Verão" e "Tem um Monstro no Meu Jardim", ambos pela ed. Escrita Fina (no prelo).


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