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Cinema
Rei dos monstros
Conheça a história de Max, menino que desembarca numa terra povoada por criaturas nem fofas nem assustadoras
Divulgação
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O garoto Max e a criatura KW, em cena do filme, que já está no cinema
JANAINA TOKITAKA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Muitas vezes as imagens
contam uma história tão
bem quanto as palavras. É o
que ocorre no livro de Maurice Sendak "Onde Vivem os
Monstros" (ed. Cosac
Naify), que virou filme, dirigido por Spike Jonze.
O livro narra a história de
Max, um menino de nove
anos que, depois de fazer
bagunça e brigar com a família, decide fugir para uma
ilha distante em seu barquinho. Chegando lá, descobre
que a terra é povoada por
monstros que o fazem rei
das coisas selvagens.
Boa parte das aventuras e
brincadeiras do menino
com os monstros é contada
em imagens no livro de Sendak: quanto mais Max entra
na floresta e domina seus
habitantes, maiores vão ficando as ilustrações, até
chegarem a três páginas
completamente sem texto.
Os desenhos, meio assustadores, mas também bonitos, misturam tons clarinhos com traços mais escuros e carregados, ajudando a
criar o clima da história.
No filme (indicado para
maiores de dez anos), a fotografia também ajuda a contar o tipo de aventura que
Max está vivendo: a terra
selvagem é linda e fascinante, mas também meio triste
e perigosa. Os monstros não
são fofinhos, mas também
não são horrorosos -só de
olhar, não dá para dizer se
são bons ou maus.
Assim, dá para perceber
que tanto o livro como o filme falam daquelas situações em que a gente não sabe muito bem como está se
sentindo: às vezes, meio sozinho, com muita raiva de
alguém ou de algo, às vezes,
o rei do pedaço -ou tudo isso ao mesmo tempo.
JANAINA TOKITAKA é ilustradora e autora de livros como "Sétima Noite de Verão" e "Tem um Monstro no Meu Jardim", ambos pela ed. Escrita Fina (no prelo).
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