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Esporte
De carona na marola
Puxadas por barcos, crianças trocam até videogame e futebol por adrenalina sobre a prancha
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fernando Castello Branco, 8, não tem capa, superpoderes nem avião, mas se
tem uma coisa que ele adora
é voar. E não é no céu: ele
decola quando está na água.
O voo aquático é uma das
manobras do "wakeboard",
esporte em que o praticante
cria movimentos sobre uma
prancha puxada por um
barco. Para se equilibrar sobre ela -parece um skate
sem rodinha-, é preciso
usar botas especiais.
"Quando salto e a prancha
deixa a água, sinto coceguinhas na barriga", conta.
Mas essa não é sua única
diversão na água. "Adoro
quando meu pai [um dos
pioneiros do esporte] leva
um tombo e eu dou risada."
Para Pedro Rosas, 13, quedas viram lição. Foi assim
no ano passado, quando foi
campeão paulista na categoria iniciante. Na segunda
etapa, ele errou uma manobra, caiu e ficou em segundo
lugar. Mas, na final, se recuperou e levou o título.
"Eu sentia que ia ficar em
primeiro e, quando caí, fiquei muito bravo porque eu
poderia ter conseguido.
Aprendi com isso."
Melhor que games
Felipe de Paula, 10, até
chama os amigos para se arriscar na prancha. "É para
verem que não existe só videogame e futebol e que fazer coisas novas empolga."
Nicole Barros, 11, também
gosta de praticar em turma.
"Vai a família toda no barco
e aí todo mundo ri dos tombos dos outros e depois
mergulha junto", diz.
Quem está em São Paulo,
pode praticar "wakeboard"
na represa de Guarapiranga. A hora de aula na Marreco Wake School (tel. 0/xx/
11/7171-6551) custa R$ 170.
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