São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

Esporte

De carona na marola

Puxadas por barcos, crianças trocam até videogame e futebol por adrenalina sobre a prancha

CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fernando Castello Branco, 8, não tem capa, superpoderes nem avião, mas se tem uma coisa que ele adora é voar. E não é no céu: ele decola quando está na água.
O voo aquático é uma das manobras do "wakeboard", esporte em que o praticante cria movimentos sobre uma prancha puxada por um barco. Para se equilibrar sobre ela -parece um skate sem rodinha-, é preciso usar botas especiais.
"Quando salto e a prancha deixa a água, sinto coceguinhas na barriga", conta.
Mas essa não é sua única diversão na água. "Adoro quando meu pai [um dos pioneiros do esporte] leva um tombo e eu dou risada."
Para Pedro Rosas, 13, quedas viram lição. Foi assim no ano passado, quando foi campeão paulista na categoria iniciante. Na segunda etapa, ele errou uma manobra, caiu e ficou em segundo lugar. Mas, na final, se recuperou e levou o título.
"Eu sentia que ia ficar em primeiro e, quando caí, fiquei muito bravo porque eu poderia ter conseguido. Aprendi com isso."

Melhor que games
Felipe de Paula, 10, até chama os amigos para se arriscar na prancha. "É para verem que não existe só videogame e futebol e que fazer coisas novas empolga."
Nicole Barros, 11, também gosta de praticar em turma. "Vai a família toda no barco e aí todo mundo ri dos tombos dos outros e depois mergulha junto", diz.
Quem está em São Paulo, pode praticar "wakeboard" na represa de Guarapiranga. A hora de aula na Marreco Wake School (tel. 0/xx/ 11/7171-6551) custa R$ 170.

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