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São Paulo, sábado, 17 de abril de 2004

ESPORTES

O atleta treina, e o patrocinador paga...

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Karine tenta tirar a bola de Caio em partida de flag


... e, quando há vitórias, campeão e empresa ganham as medalhas

MARCIO PINHEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Para virar atleta de Olimpíada, é preciso se preparar desde criança, e os adultos têm de ajudar. Essa ajuda é chamada de patrocínio e vem de empresas particulares, pois as escolas públicas não incentivam como deveriam a prática esportiva.
O patrocínio é um acordo entre as empresas e o esportista. O patrocinador paga viagens de competição, inscrições em campeonatos ou doa equipamentos e roupas. E o esportista patrocinado faz publicidade ao usar as roupas, os bonés ou os equipamentos com as marcas das empresas.
A Folhinha conversou com atletas patrocinados que desejam virar profissionais.

"Cair faz parte"
Marcelo Alencar de Oliveira Filho, 10, o Marcelinho, diz que pratica skate desde os seis anos. "Só não treino quando chove porque em Santos não tem pista coberta." Ele é o campeão do circuito mineiro de skate de 2003 e não está nem aí quando cai ou erra: "Skate é arte, cair faz parte", disse, explicando que essa frase o defende dos críticos.
Marcelinho perdeu um patrocínio porque o patrocinador faliu. Mas tem outros. Mesmo assim, seus pais tiveram de pagar por três anos o equipamento, que custa uns R$ 40,00 e é renovado, em média, a cada três meses. Ele participa de campeonatos, e uma prefeitura paga as viagens. Lojas fornecem equipamentos.

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