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Internet
"Pai, me adiciona!"
Em casa de internauta, a rede ajuda na hora de tirar dúvidas na lição de casa, contar as novidades da escola e resolver problemas com amigos
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Logo que chega em casa,
Beatriz Silva, 9, corre para o
computador e conta o que
fez durante o dia. Do outro
lado da tela, não está um
amigo virtual qualquer, não.
É o pai da garota que, do
escritório, conversa com a
filha. "Quando aprendo algo
legal, conto para ele na hora.
Não preciso esperar um
tempão até ele chegar em
casa", conta Beatriz.
O caso da família Silva é
comum no Brasil, segundo
pesquisa feita em 12 países
pela empresa Symantec. As
crianças brasileiras são as
que mais têm os pais na lista
de amigos virtuais (conheça
mais dados nestas págs.).
É assim também na casa
de Claudia Enabe, 10. Lá, cada um tem seu computador.
Os pais estão sempre on-line, com o BlackBerry (celular que também manda e-mails) à mão, para acompanhar a rotina dos três filhos.
Dúvidas na lição? É só
mandar uma mensagem para os pais. "Só não pode usar
gírias ou abreviações", diz.
O irmão caçula, Caio, 9,
também conta o que está fazendo para os pais. E aproveita para já dizer se os irmãos aprontaram algo.
"Mas a bronca não é pelo
MSN. Eles conversam à noite ou ligam na hora."
O mais velho, Paulo, 12,
gosta de estar sempre em
contato. "A gente se fala
mais assim. É melhor do
que só ver os pais à noite."
Enzo Shiraishi, 8, também fala com os pais e o irmão pela internet, mas
prefere usar sites como o
Twitter (um tipo de "microblog"), que só a família
pode acessar e ler.
"É mais divertido que bate-papo. Escrevo sobre as
minhas ideias legais e as
coisas que acho na rede."
E a mãe, além de saber
sobre o que acontece com o
garoto, sabe também com
quem ele anda -ou navega.
"Com um programa específico para o site, monitoro
com quem ele fala. Assim,
fica mais seguro", diz Samanta Shiraishi, a mãe.
14%
dos internautas fazem parte das "e-famílias", que são pais, filhos, tios, primos, avós etc. que batem papo pela rede.
2/3
dos integrantes das "e-famílias" dizem que as relações em casa melhoraram com a internet. Quase 100% deles estão satisfeitos com o tempo que passam com a família.
71%
dos internautas dizem que a internet facilita o contato com a família.
Para 45%
das "e-famílias", a rede até melhorou os relacionamentos em casa.
93%
das crianças do mundo conversam e socializam com a família on-line por 5 horas semanais.
1 em cada 4 crianças
tem os pais como amigos virtuais.
No Brasil
7 em cada 10
crianças brasileiras têm os pais na lista de amigos virtuais. Elas são as que mais fazem amizade com os pais na internet.
70 horas
mensais é o tempo que as crianças brasileiras passam on-line. Elas são as que ficam mais tempo navegando. A média no resto do mundo é de 39 horas mensais .
Fonte: pesquisa "Norton Online Living Report 09", realizada pela Symantec, empresa de segurança na internet, no final de 2008 com 7.724 adultos e crianças de doze países.
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