São Paulo, sábado, 18 de abril de 2009

Internet

"Pai, me adiciona!"

Em casa de internauta, a rede ajuda na hora de tirar dúvidas na lição de casa, contar as novidades da escola e resolver problemas com amigos

CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Logo que chega em casa, Beatriz Silva, 9, corre para o computador e conta o que fez durante o dia. Do outro lado da tela, não está um amigo virtual qualquer, não.
É o pai da garota que, do escritório, conversa com a filha. "Quando aprendo algo legal, conto para ele na hora. Não preciso esperar um tempão até ele chegar em casa", conta Beatriz.
O caso da família Silva é comum no Brasil, segundo pesquisa feita em 12 países pela empresa Symantec. As crianças brasileiras são as que mais têm os pais na lista de amigos virtuais (conheça mais dados nestas págs.).
É assim também na casa de Claudia Enabe, 10. Lá, cada um tem seu computador. Os pais estão sempre on-line, com o BlackBerry (celular que também manda e-mails) à mão, para acompanhar a rotina dos três filhos.
Dúvidas na lição? É só mandar uma mensagem para os pais. "Só não pode usar gírias ou abreviações", diz.
O irmão caçula, Caio, 9, também conta o que está fazendo para os pais. E aproveita para já dizer se os irmãos aprontaram algo. "Mas a bronca não é pelo MSN. Eles conversam à noite ou ligam na hora."
O mais velho, Paulo, 12, gosta de estar sempre em contato. "A gente se fala mais assim. É melhor do que só ver os pais à noite."
Enzo Shiraishi, 8, também fala com os pais e o irmão pela internet, mas prefere usar sites como o Twitter (um tipo de "microblog"), que só a família pode acessar e ler.
"É mais divertido que bate-papo. Escrevo sobre as minhas ideias legais e as coisas que acho na rede."
E a mãe, além de saber sobre o que acontece com o garoto, sabe também com quem ele anda -ou navega. "Com um programa específico para o site, monitoro com quem ele fala. Assim, fica mais seguro", diz Samanta Shiraishi, a mãe.

14%
dos internautas fazem parte das "e-famílias", que são pais, filhos, tios, primos, avós etc. que batem papo pela rede.

2/3
dos integrantes das "e-famílias" dizem que as relações em casa melhoraram com a internet. Quase 100% deles estão satisfeitos com o tempo que passam com a família.

71%
dos internautas dizem que a internet facilita o contato com a família.

Para 45%
das "e-famílias", a rede até melhorou os relacionamentos em casa.

93%
das crianças do mundo conversam e socializam com a família on-line por 5 horas semanais.

1 em cada 4 crianças
tem os pais como amigos virtuais.

No Brasil

7 em cada 10
crianças brasileiras têm os pais na lista de amigos virtuais. Elas são as que mais fazem amizade com os pais na internet.

70 horas
mensais é o tempo que as crianças brasileiras passam on-line. Elas são as que ficam mais tempo navegando. A média no resto do mundo é de 39 horas mensais
.


Fonte: pesquisa "Norton Online Living Report 09", realizada pela Symantec, empresa de segurança na internet, no final de 2008 com 7.724 adultos e crianças de doze países.

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