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LIVRO O poeta Goethe põe sua magia de mestre nos versos de "O Aprendiz de Feiticeiro" Feitiço das palavras GABRIELA ROMEU COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Ao lançar um encanto, um mago ou uma bruxa sempre combinam algumas palavrinhas mágicas. Foi assim também com o aprendiz de feiticeiro, que, certa vez, decidiu tomar o lugar de seu mestre para colocar em prática alguma magia. Mas o aprendiz ainda não tinha o domínio de todas as misturas. E provocou a maior confusão quando enfeitiçou uma vassoura que, atarefada, carregava um balde de um lado para o outro, derramando água por todo o lugar. Quem contou há bastante tempo essa história foi um poeta (na verdade, um feiticeiro das palavras) chamado Johann Wolfgang von Goethe. Nome comprido demais? Pode chamá-lo só de Goethe. Goethe colocou toda a sua magia de mestre nos versos de "O Aprendiz de Feiticeiro" (32 páginas, R$ 36). Para que você pudesse conhecer a história, a poeta Mônica Rodrigues da Costa traduziu as palavras para o português, a pedido da editora Cosac Naify. E o ilustrador Nelson Cruz derramou bastante água -que enxurrada!- pelas páginas do livro (detalhe: é na periferia brasileira que acontece a história desenhada por ele). Aí só mesmo o mestre do aprendiz para dar um jeito naquela situação: "Para o canto, Vassourinhas, Bem quietinhas! Benza-Deus... E acabou-se o quebranto: Das magias cuido eu!" A tradutora, que já foi editora da Folhinha, resume em uma frase a importância do poeta: "Goethe dá poder de magia às palavras". Depois de ler os versos dele (e dela), o feitiço estará lançado. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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