São Paulo, sábado, 22 de dezembro de 2007

Monstrinhos

Não é de hoje que são contadas histórias de seres horripilantes que visitam os humanos na data natalina. Na Grécia, por exemplo, uma lenda antiga conta que, a partir do Natal até a Epifania, estão à solta criaturas chamadas kallikantzaroi -os gregos escrevem kallikantzaros para indicar um monstrinho e kallikantzaroi para indicar o plural de monstrinhos.
A aparência desses seres varia conforme a região. Alguns dizem que eles se paracem com homens, só que bem peludos e com partes de corpo de animais -patas de cavalo, braços de macaco, presas de javali, orelhas de bode e garras afiadas. Outros ainda acreditam que eles sejam lobisomens, já que agem sempre à noite, apavorando por onde passam.
O que eles fazem? Entram nas casas por qualquer abertura, até pelas chaminés, e quebram todos os móveis, devoram as comidas da ceia, sujam as águas.
É por isso que os gregos seguem alguns rituais para evitar a visita desses monstrinhos. Eles queimam incensos, sapatos e toras de madeira, pois dizem que as criaturas não toleram o cheiro de queimado. Alguns ainda marcam a soleira da porta com uma cruz negra. Tem mais: outro costume é pendurar na porta um escorredor de macarrão, pois dizem que o kallikantzaros se distrai contando os buraquinhos até o sol raiar, quando ele tem de voltar ao seu esconderijo.


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