São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 2007

Brincando de Deus?

A criação de Dolly espantou o mundo por um motivo: a ovelha clonada não tinha pai e mãe, como todos os outros mamíferos (incluindo você). Seu material genético vinha de uma só ovelha, que era "mãe" e "pai" ao mesmo tempo.
Os pesquisadores mostraram que, em teoria, é possível tirar uma célula qualquer do corpo de um ser humano (da sua pele, por exemplo) e transformá-la em uma outra pessoa.
A Igreja não gostou. Para o papa, os cientistas estavam "brincando de Deus" ao criar um animal em laboratório. Já os pesquisadores viam um problema muito mais real na clonagem: e se algum maluco resolvesse clonar seres humanos?

Tragédia
Seria uma tragédia. Primeiro, porque a técnica é pouco eficiente: para fazer Dolly, foram 277 tentativas - 29 embriões foram produzidos, e só um sobreviveu. Depois, os clones têm várias doenças que só aparecem após o nascimento.
Mas, tirando o risco que o próprio clone corre, não há porque temer a clonagem. Ao contrário do que muita gente pensa, clones não seriam robôs que pensam e falam igual à pessoa que lhes deu origem.
Se você conhece gêmeos idênticos, sabe que eles são iguais só na aparência. (CA)

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