São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

Livros

Meninas geniosas (ou geniais?)

Valentina e Rita são duas garotinhas cheias de histórias

GABRIELA ROMEU
EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHINHA

Uma é mandona, a outra é invocadinha. São Valentina e Rita, que vivem em mundos (ou melhor, livros) diferentes -e não se conhecem.
Valentina (ou seria Valentona?) é a protagonista do livro "A Pequena Ditadora" (ed. Record; R$ 32,90), escrito por Luciano Trigo e ilustrado por Alê Abreu.
A menina, como surge já na capa do livro, parece dar ordens a todos com um megafone na mão. Manda no Sol, reclama com a Lua e briga por causa de sua bola. Mas acaba caindo na real.
Já a outra garotinha geniosa está na história "Rita e Treco" (ed. Rocco; R$ 19,50), dos franceses Jean-Philippe Arrou-Vignod e Olivier Tallec. Quem traduziu foi Pedro Karp Vasquez.
Mas Rita, invocada que só, não apronta sozinha. No dia de seu aniversário, ganha um cão que é batizado de Treco. E o cãozinho dá um jeito nos "salamaleques" (malcriações) da menina.

Quem é a ditadora?

As ilustrações contam coisas que as palavras nem sempre revelam. No livro "A Pequena Ditadora", Valentina aparece de dois jeitos nos traços de Alê Abreu. Quando está dando ordens para lá e para cá, foi desenhada no computador. E uma "outra" Valentina aparece criada a lápis. "Com essas duas linguagens, quis mostrar que a ditadora e a menina não são a mesma coisa", diz. "A menina mais realista é desenhada a lápis. Isso marca a diferença entra a ditadora [desenhada no computador] e a menina que realmente está dentro dela."

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