São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Salada de idiomas

Rafael Hupsel/Folha Imagem
As irmãs Hannah, 12, e Raisa Krutzler, 9, que falam português, inglês e hebraico

PAULA THOMAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com um pé em cada país, tem criança que enrola a língua e aprende, desde cedo, um novo idioma. Mas, às vezes, falta pé. Como se equilibra quem fala duas, três ou até quatro línguas?
Para Isabella e Luca Isolica, 9, conversar é quase uma dança. Eles falam italiano e inglês em casa e português e inglês na escola. "Falo "bom dia" em inglês para minha mãe e, em italiano, para o meu pai", diz Isabella.
Na coreografia de línguas entra até a cachorra Fadinha. "Quando falamos português, temos que falar duas ou três vezes. O inglês ela entende melhor", diz Luca.
O jantar na casa de Gian Luca, Daniel e Isabella Quagliarolli, 9, também é uma salada de línguas. Eles moram nos Estados Unidos, mas falam italiano e português com os pais e, na escola, inglês e espanhol.
Lá, confundir as línguas é comum. "Se a gente esquece uma palavra em português, pergunta em inglês para a minha mãe", diz Isabella.
E quando o problema é a troca de letras? Hannah, 12, e Raisa Krutzler, 8, que falam hebraico, inglês e português, passam por isso. "Como as letras do hebraico são diferentes, é confuso. Quando troco sem querer, é engraçado", diz Raisa.
Imagine, então, quem fala português e japonês? Carolina Ono Emy Leal, 10, aprende esse idioma oriental com a mãe. "Quando minha mãe me dá bronca, às vezes, ela fala em japonês."
E é com o pai escocês que Cameron Martins Swan, 6, aprende inglês. Ele até vira o intérprete do bate-papo entre os avôs -um brasileiro, outro escocês. "Fico no meio, ouvindo a conversa e traduzindo tudo", conta.

Colaborou CLARICE CARDOSO.

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