São Paulo, sábado, 26 de abril de 2003

Cientistas que ajudaram

Reprodução
Rosalind Franklin


Como a história de Rosalind Franklin mostra, não foi de repente que os cientistas se deram conta da importância do DNA. O papel da molécula só foi desvendado passo a passo.
A princípio, os pesquisadores perceberam que os cromossomos (as estruturas em forma de X no núcleo das células) pareciam estar envolvidas na transmissão dos genes. Quem os descobriu foi o alemão Walter Flemming (1843-1905).
Mas foi só em 1944 que o pesquisador Oswald Avery (1877-1955) conseguiu provar que o DNA, a principal molécula armazenada nos cromossomos, é que transmitia as informações genéticas, ao fazer experiências com bactérias.
Faltava ainda elucidar como ele se estruturava e transmitia essa informação. Um dos passos decisivos para isso foi dado pelo austríaco Edwin Chargaff (1905-1992), que provou que havia uma proporção entre as bases do DNA.
Mesmo depois da descoberta de Watson e Crick, contudo, ninguém ainda sabia como manipular o DNA, como muitos cientistas fazem hoje.
Foi só em 1972, por exemplo, que o norte-americano Paul Berg conseguiu misturar genes de duas espécies diferentes (usando DNA de sapo e de bactérias).
O primeiro animal transgênico, um camundongo, só foi criado uma década depois, em 1982, nos Estados Unidos.
O conhecimento do DNA foi fundamental para o desenvolvimento do primeiro clone de um mamífero, a ovelha Dolly, criada pelo cientista Ian Wilmut em 1996. A Dolly morreu em fevereiro deste ano.

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