...seria muuuito esfomeada e estaria à espera de um inseto

LUISA MASSARANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se planta carnívora sonhasse, possivelmente desejaria estar em um filme norte-americano: imensa, assustadora e prestes a comer um humano suculento. Mas, na vida real, tudo é diferente. Essas plantas geralmente atingem em torno de 15 centímetros. São pequenas e delicadas.
Em seu cardápio, estão pequenos animais, normalmente insetos. As plantas carnívoras vivem em locais úmidos e terrenos pantanosos, pobres em nitrogênio, um tipo de nutriente importante para elas. Por isso, precisam capturar insetos, que garantem os nutrientes necessários a sua sobrevivência.
As plantas carnívoras têm estratégias diferentes para atrair os insetos. Podem ter uma cor ou um brilho nas folhas ou soltar um perfume. Também há formas variadas para capturar a presa. A sarracênia, por exemplo, tem um mecanismo simples: uns pelos que não deixam os insetos saírem.
A drósera também tem pelos, que soltam um visgo, prendendo o bicho. A nepente solta um perfume adocicado, que convida o inseto a entrar em uma "caixinha". Quando ele entra na arapuca, fica preso num líquido e...babau!
A dioneia, conhecida como papa-mosca, tem folhas que se movimentam e, quando um inseto pousa nelas, fecham-se, aprisionando o pobre coitado. O suco viscoso presente nas plantas carnívoras ajuda a digerir os insetos.