São Paulo, sábado, 27 de junho de 2009

Folhinhatur

Para o alto e avante!

Duas novas montanhas-russas estreiam este ano nos parques de Orlando, que reservam diversas outras aventuras nas alturas

GABRIELA ROMEU
ENVIADA ESPECIAL A ORLANDO (EUA)

Suavemente, a arraia sobe até a superfície. Em seguida, mergulha e gira velozmente, deixando qualquer um tonto só de olhar. É peixe, mas bem que parece voar.
Na verdade, é a imitação de um peixe -ou de seus movimentos- na água. Assim poderia ser descrita a Manta, a mais nova montanha-russa dos parques de Orlando, na Flórida (EUA). Ela está no Sea World.
É uma montanha-russa voadora. Sim, abra os braços, olhe os bichos do parque, sinta o corpo flutuar.
Dizem que é impossível relaxar num brinquedo desses. Mas, na Manta, há uma mistura de tensão e alívio. Depois do looping, você se sente em pleno voo.
A aventura começa na fila, que percorre um aquário com 3.000 animais. Num dos tanques, você fica debaixo de uma porção de arraias, que lembram pipas no céu. É numa pipa dessas que os visitantes pegam carona.

Qual é o seu medo?
As montanhas são cheias de títulos. "Mas você pode ter a montanha mais veloz ou mais alta por um tempo, até que surjam outras", diz Brian Morrow, da equipe de design de atracões do Busch Entertainment Corporation. "Já Manta tem a interação com a natureza."
Mas Brian conta que sua montanha preferida é ainda a Sheikra (Busch Gardens). Por quê? "Temos diferentes medos: do escuro, da velocidade, da queda livre... Morro de medo de altura."
Confira a seguir os medos que os aventureiros encaram nas montanhas-russas testadas pela Folhinha.


A jornalista viajou com apoio do Orlando/Orange County Convention & Visitors Bureau.

Dueling Dragons
(Islands of Adventure)
Não é uma, mas duas montanhas-russas, representadas por dois dragões num embate. Dueling Dragons é mais suave e menos barulhenta do que Hulk. A melhor parte do trajeto? Com certeza, é o "encontro" dos dragões, quando os carrinhos se aproximam. Encolha os pés!
Dica: experimente os dois carrinhos, pois a sensação é diferente.

Gwazi
(Sea World)
De longe, Gwazi já impressiona com sua imponente estrutura de madeira. De perto, o que assusta é o barulho dos dois carros (um tigre e um leão). Vale encarar as duas criaturas: o tigre deixa qualquer um zonzo com suas curvas; o leão tira o ar dos aventureiros com suas quedas alucinantes. A viagem não é nada suave: você sacoleja tanto que parece que sua cabeça vai até desgrudar do pescoço!
Dica: se você curte chacoalhar, experimente ir no último carrinho.

Incredible Hulk Coaster
(Islands of Adventure)
Imagine encarar o herói verdão logo cedinho? Hulk foi meu café da manhã. Ao embarcar no carrinho, basta contar 18 segundos até disparar pelos ares, percorrendo curvas, descidas e loopings (são sete) a uma velocidade de até 108 quilômetros por hora. Depois de muitas pernas para o ar nos loopings invertidos, parece até que Hulk acalma. Que nada. É só o tempo de você respirar para encarar a sobremesa - um looping mais suave. O percurso de Hulk parece não ter fim.
Dica: tente não fechar os olhos; admire o visual lá de cima.

The Simpsons Ride
(Universal Studios)
Tudo bem, o brinquedo não é uma montanha-russa. Mas é um simulador em que você percorre montanhas-russas no parque de diversões de Krusty, o palhaço. E é do sofá do pançudo Homer que os visitantes encaram o mergulho mais alucinante de todos esses brinquedos.
Dica: escolha sentar na fileira de trás do carrinho; na frente, dá para ver os carros do lado, o que estraga um pouco o clima.

Sheikra
(Busch Gardens)
Depois daquela manjada subida lenta (que faz seu coração disparar), o carrinho faz uma paradinha estratégica por (eternos) segundos antes da queda livre de 90 graus a mais de 110 quilômetros por hora. É tempo suficiente para encarar o mergulho. Aí vêm curvas invertidas, parafusos e loopings. Como o carrinho não tem chão, você vai balançando os pés no percurso.
Dica: vá na primeira fila para encarar a queda lá do topo (61 metros de altura).

Rock'n'Roller Coaster
(Hollywood Studios)
Na fila, você já vai ouvindo Aerosmith, banda que inspirou o brinquedo. Já está próximo de embarcar no carrinho - ou melhor, no Cadillac - que sai cantando pneus pelas "estradas" de Hollywood à noite. O mais gostoso (ou amedrontador) é não saber quando virá a próxima curva ou queda radicais no escuro. No final, você vai entender a razão do Cadillac de ponta-cabeça na entrada.
Dica: aproveite para sentir o ventinho gelado que bate no rosto na "noite" californiana

Expedition Everest
(Animal Kingdom)
O forte do brinquedo sem dúvida é a ambientação criada para que você se sinta um expedicionário que vai escalar o Everest, montanha asiática. Antes de embarcar no carrinho, dá para descobrir mais sobre o Yeti já na fila. Essa criatura é a ameaça dos aventureiros: no escuro do trajeto, dá um medinho ouvir seus urros. Dizem que o Yeti arrebenta os trilhos. Cuidado: seu carrinho pode despencar!
Dica: aproveite para levantar os braços nas curvas (mais ou menos) suaves.

Big Thunder Mountain Railroad
(Magic Kingdom)
Depois de enfrentar Sheikra ou Hulk, você vai mais é relaxar no trenzinho que corta os trilhos barulhentos da montanha do velho oeste. A diversão é que parece que o carrinho, "caindo aos pedaços", não vai aguentar a subida. É para iniciantes, mas os mais experientes vão curtir o cenário caprichado do brinquedo.
Dica: reserve um horário no sistema de Fast Pass e, enquanto espera, vá se aventurar pela ilha de Tom Sawyer, que fica bem perto.

Mais aventura

Saiba mais sobre essa aventura de montanhas-russas no blog da Folhinha (blogdafolhinha.folha.blog.uol.com.br).

ALGUMAS DICAS

>> Para fãs de montanhas-russas, vale sempre testar o brinquedo na parte da frente e na de trás do carrinho.

>> Onde é melhor? Na fila da frente, você tem sempre um ótimo visual e tem noção das quedas. Atrás é onde você sente mais a velocidade da viagem.

>> Observe a altura mínima exigida nos brinquedos radicais. Em muitos deles, só entra quem tem pelo menos 51 polegadas (algo em torno de 1,3 metro).

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