UOL
São Paulo, sábado, 29 de maio de 2004

CRESCIMENTO

Leia o que crianças e adultos especialistas pensam sobre as mudanças da puberdade

Passagem para a vida adulta

KATIA CALSAVARA
DA REDAÇÃO

Eles não se sentem mais crianças. Também não se acham adolescentes. "Somos uma espécie de pós-pirralhos", define Lucas Alves, 11. "Às vezes, nós sentimos vontade de brincar, mas dá insegurança. O que os outros pensariam?", questiona Mariana Menezes, 10. "Quando uso sutiã, fico incomodada porque me aperta. Quando não uso, me sinto estranha", disse Priscila Schellin, 10.
A Folhinha conversou com mais de 30 crianças que têm entre cinco e 12 anos para saber como definem e também como sentem a passagem da infância para a adolescência, conhecida como puberdade.
Apelidos não faltaram, assim como confissões de sensações estranhas. "A minha irmã só me chama de PA, que quer dizer pré-adolescente", falou Lucas. "Será que meu amigo está sentindo as mesmas coisas que eu sinto agora, ou estou adiantado?", pergunta João Bernardo, 11.
Após quase uma hora de debate, alguns parecem se encontrar. "Nessa fase, a criança já foi, e o adolescente ainda virá", disse Daniel Limonge, 11.
Quando meninas e meninos se reúnem, papos sobre o corpo são inevitáveis. "Todo mundo quer saber se somos avançados ou atrasados", disse João. Natália Tomo, 11, falou que fica incomodada nas lojas de roupas e nos parques. "Na montanha-russa, você não tem a altura certa para entrar." "Para mim, ser adolescente é saber conviver com as espinhas, os pêlos e a força", disse Bernardo.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.