| São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2008 |
Na raia do ouro
Médico sugere que pequenos nadadores entrem em competições esportivas só depois dos nove anos
Rafael Hupsel/Folha Imagem
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CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A menos que você seja um super-herói, dificilmente vai conseguir ir muito longe em apenas 20 segundos.
Mas não é que foi nesse tempinho que César Cielo Filho, 21, conseguiu chegar ao lugar mais alto (e mais desejado) do mundo?
O nadador, que nasceu em Santa Bárbara d'Oeste (SP), levou exatos 21s30 para cruzar uma piscina e trazer para o Brasil o primeiro ouro olímpico da natação.
Atentos aos feitos do novo herói das piscinas, alguns garotos já treinam de olho nas próximas Olimpíadas.
Matteo Dompieri, 11, ainda leva um pouquinho a mais de tempo para cruzar uma piscina, mas cai todo dia na água e treina muito.
"Gosto de treinar forte para ir bem nas provas. Quando consigo, sinto uma emoção sem descrição", diz. Nas competições, ele já pensa em melhorar seus tempos para, quem sabe, participar da Olimpíada de 2016.
Carlos Eduardo de Almeida, 12, também se inspira em Cielo para treinar e conseguir mais medalhas. "Nado sempre pensando em um resultado porque sei que, quando eu consigo a medalha, eu fui o melhor."
Seu amigo de treinos, Leonardo Assis Coutinho, 13, também acumula medalhas em campeonatos paulistas e brasileiros, mas quer usar o esporte mesmo para ter um futuro melhor.
"Sou apaixonado por água, mas a natação é um investimento para conseguir uma faculdade, pensando num futuro melhor", diz.
Mas nem todo mundo pensa em virar campeão olímpico. É o caso de Olívia Laban, 10. "Gosto da piscina porque lá me sinto bem, é uma sensação diferente da de estar no ar, mas acho que ia ser puxado tentar ir para uma competição dessas."
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