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São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

SAÚDE

Alimentos diet e light já são comuns no lanche das crianças

Lancheira leve

GABRIELA ROMEU
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Abra a geladeira de casa: há algum alimento diet por lá? Na hora do recreio, seus colegas levam lanchinho light? E na festa do pessoal da escola: rola um refrigerante com pouca caloria?
Sucos, refrigerantes e iogurtes, entre outros produtos nas versões light e diet, já fazem parte do cardápio de crianças paulistanas com idades entre oito e 12 anos. É o que mostra uma enquete feita pela Folhinha em três colégios particulares de SP: Magister, I. L. Peretz e Prima Escola Montessori.
Das 222 crianças que responderam à enquete, 96,4% (ou 214 meninos e meninas) disseram que já consumiram algum produto diet ou light.
Júlia Santana, 11, e Cecília Pedroza, 11, não participaram da enquete, mas contaram que comem "coisas diet" que as mães compram. Cecília gosta de pão integral com geléia diet, e Júlia prefere barra de cereal light. A preocupação das meninas é "perder peso".
Quando não estão preocupadas em perder uns quilinhos, as crianças têm medo de engordar. É o caso de Letícia Periago Venansi, 11, uma magrinha que consome iogurtes e vitaminas com menos calorias. "Estou com um peso bom, preciso manter. Tomo cuidado para não exagerar com coisas calóricas", afirma.
Isso quer dizer que as crianças disseram adeus a chocolates, salgadinhos e bolachas? Não. A enquete mostrou que, mesmo usando um diet aqui, um light acolá, 88,7% dos participantes continuam comendo guloseimas.
Eloisa Corrêa de Souza, pediatra do hospital universitário da USP e do Centro de Atendimento à Criança, explica que comer alimentos light não significa necessariamente comer de forma saudável. "Não há alimentos vilões, e sim pessoas que se alimentam de forma errada, deixando de ingerir alguns nutrientes no lugar de outros. O primeiro passo para um desenvolvimento saudável começa com uma alimentação balanceada."

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