São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994
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Secretaria quer 'amarrar' 93 a 94

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Educação pretende "amarrar" o ano letivo de 1993 ao de 1994. "O que temos de garantir é a continuidade pedagógica e os mínimos de conteúdos neste ano letivo", diz José Carlos Bortolato, diretor da Coordenadoria de Ensino do Interior. "O conteúdo do ano que vem deve iniciar do ponto em que acabou 93."
Segundo Bortolato, o ano letivo é regulado por três parâmetros: o de dias letivos (que baixou de 200 para 180), o de horas/aula (720 por ano) e o de conteúdo mínimo. Este último exige que o professor nunca dê menos de 75% do conteúdo planejado para uma determinada turma.
Assim, o planejamento da reposição deveria envolver o cálculo do conteúdo de cada turma e o de dias letivos. Bortolato diz que só as escolas que enfrentaram os 79 dias de aula é que terão de repor 32 dias letivos de aula.
Outra modificação decorrente da greve foi a unificação das duas provas bimestrais do segundo semestre. "Com um período curto de reposição, se mantivéssemos os dois conceitos, as aulas ficariam concentradas na avaliação e não na própria reposição", afirma Akiko Oyafuso, diretora da Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana de São Paulo.
A possibilidade disso poder prejudicar alunos que tenham tirado notas baixas no primeiro semestre é refutada: "O aluno não pode ser prejudicado pela greve", diz Akiko. "Se alguém repetiu por isso, é por que a escola não organizou adequadamente a reposição", acrescenta. (FR)

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