São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994 |
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Clinton renega promessas e age contra ilegais
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Esse tipo de documento não existe no país e todas as entidades de defesa dos direitos humanos se opõem à sua criação, por acharem que ele ameaçaria a privacidade e se constituiria em excessiva ingerência do Estado na vida do cidadão. Clinton, no entanto, mostra simpatia pela sugestão e tem repetido que é preciso diminuir o fluxo da imigração ilegal. Em junho, o presidente enviou ao Congresso projetos de lei para facilitar a expulsão de estrangeiros que entrem nos EUA sob falsa alegação de asilo político, aumentar as penas de prisão para quem promova a entrada ilegal de imigrantes no país, ampliar a ação policial para localizar estrangeiros ilegais e impedir sua passagem pelas fronteiras. Na prática, Clinton tem demonstrado ser mais duro do que seu antecessor, George Bush, na política de imigração. Embora tivesse prometido na campanha que se oporia ao projeto de lei que proibiria a concessão de vistos de entrada nos EUA a portadores do vírus HIV, que provoca a Aids, Clinton não se esforçou para que o Congresso o rejeitasse e ela agora é lei. Clinton também não mudou, como havia prometido na campanha, a proibição de entrada no país de refugiados do Haiti. Ao contrário, ampliou a prática de Bush de interceptar navios com haitianos ainda no mar e fazê-los retornar a seu país. Essa política continua em vigor, mesmo depois de os EUA terem imposto embargo comercial ao Haiti como forma de pressionar os militares a deixarem o poder naquele país. (CELS) Texto Anterior: Flórida adota discurso antiimigração Próximo Texto: Sucesso gera mais tensão Índice |
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