São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

McLaren e Benetton buscam seu 2.º piloto

FLAVIO GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

McLaren e Benetton fecharam o ano de 93 com suas vagas de segundo piloto abertas, apesar das promessas de Ron Dennis e Flavio Briatore de que os anúncios seriam feitos antes do Réveillon. O motivo da demora, para a McLaren, é a relutância de Alain Prost em adiar a aposentadoria anunciada em setembro do ano passado. No caso da Benetton, Briatore espera apenas que subam os lances do leilão aberto pelo segundo cockpit de seu time.
A estratégia da McLaren deve ser a mesma utilizada em 93. Inscreve qualquer um como segundo piloto e mantém aberta a possibilidade de Prost correr ate as vésperas da abertura do campeonato, dia 27 de março, em Interlagos. Alain já deu sinais de que pode voltar atrás na decisão de parar, mas só vai colocar de novo o pescoço a prêmio depois de um teste com o novo carro, equipado com motor Peugeot. Se o francês sentir algum potencial na máquina –para, no mínimo, derrotar Ayrton Senna em alguns GPs–, volta a dirigir. Se não, o companheiro de Mika Hakkinen, já confirmado como primeiro piloto, deve ser Mark Blundell.
A disputa pelo lugar na Benetton é financeira. Michele Alboreto tem US$ 6 milhões para oferecer. É um bom dinheiro, contra o qual luta o finlandês J.J. Lehto, apadrinhado de Keke Rosberg. Se perder o lugar para o italiano, J.J. é forte candidato a parceiro de Rubens Barrichello na Jordan.
Alboreto, 37, que nunca tinha guiado um carro com câmbio semi-automático em sua vida, ficou encantado com o B193B, o mesmo Benetton do ano passado sem suspensão ativa e controle de tração. "Depois de testar esse carro, decidi que se não ficar na Benetton deixo a Fórmula 1", disse. "Não vejo mais sentido, com a minha idade, em correr por uma equipe pouco competitiva como fiz na Scuderia Italia."
Ao lado de Lehto e do espanhol Jordi Gene, Alboreto participou da última sessão de testes coletivos de 93, em Barcelona, de 13 a 17 de dezembro. Foi o 9.º mais rápido entre 16 pilotos, marcando 1min19s750 na melhor das 214 voltas que completou. J.J. foi o 4.º, com 1min18s650, e Gene –que só fez o teste porque é catalão– ficou em 13.º. O mais rápido de todos foi Mika Hakkinen, com 1min18s290, ainda com McLaren-Ford, seguido por Gerhard Berger (Ferrari) e Damon Hill (Williams). (FG)

Texto Anterior: No 'exílio', Mansell vira o melhor do mundo
Próximo Texto: Público inglês fica sem ídolos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.