São Paulo, terça-feira, 4 de janeiro de 1994
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Pior dos mundos; Combustível oficial; Questão semântica; Aquém da meta; Iniciativa privada; Nas duas mãos; Apesar da ingenuidade; O de sempre; Direto das livrarias

Pior dos mundos
Paulo Nogueira Batista Júnior, da FGV, acha que o Brasil terá o pior dos dois mundos no primeiro trimestre.
Sua previsão é de que haverá aceleração da inflação associada à estagnação ou recessão.
Combustível oficial
Para Nogueira Batista, a estagflação será consequência das medidas econômicas. "O próprio anúncio da URV foi gasolina da fogueira da inflação", diz.
E os juros "estratosféricos", além de serem insuficientes para combater a inflação, têm impacto recessivo.
Questão semântica
Nogueira Batista acha que a última etapa do plano de FHC seria semelhante ao programa argentino, embora sem a rigidez do plano do ministro Cavallo.
"Não seria muito diferente do currency board, que o governo tinha rejeitado", afirma.
Aquém da meta
A Teka - Tecelagem Kuehnrich S/A, de Blumenau (SC), fechou 93 com vendas de US$ 273 milhões, 90% da meta estabelecida no início do ano.
Um terço da produção foi exportada.
Iniciativa privada
O Porto de Imbituba, em Santa Catarina, promete manter a política de redução nas tarifas que vem tirando clientes de outros portos, como o de Santos.
A Companhia Docas de Imbituba pretende investir US$ 15 milhões este ano.
Nas duas mãos
Nelson Freire, da Abinee, diz que o Brasil foi ingênuo ao adotar sua política de comércio exterior. De um lado, afirma, abriu as fronteiras sem negociar com parceiros. De outro, desmontou mecanismos de apoio à exportação, além de exportar impostos.
Apesar da ingenuidade
Freire estima que a "somatória desses erros" tenha causado prejuízo de bilhões de dólares.
Mas as empresas da Abinee se saíram bem em 93. As exportações cresceram 25%, para US$ 2,5 bilhões.
O de sempre
No boletim da associação, Freire propõe a redução (ou eliminação) de impostos: dos que incidem sobre importação de máquinas, do IPI e dos que oneram a exportação.
Direto das livrarias
O livro "Marketing Direto ao Vivo no Brasil" conta a experiência de várias empresas nessa área. Entre elas: Banco Itaú, TVA, Amil, IBM Brasil, Sudameris, Grupo Ticket, Natura e Federal Express.
Organizado por Silvio Lefevre, sai pela editora Makron Books.

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