São Paulo, quinta-feira, 6 de janeiro de 1994 |
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CRT recusa descontos e revoga concorrência
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
As novas propostas de preços apresentadas anteontem pelos consórcios liderados por Ericsson, NEC, Equitel e Alcatel ofereceram um desconto médio de 13,8%, enquanto a CRT desejava obter 40% de redução. As propostas originais tinham sido desqualificadas no final de dezembro. Conforme cálculo do presidente da CRT, Paulo Vellinho Pinto, a segunda proposta dos consórcios totalizava US$ 521,1 milhões, contra US$ 604,6 milhões da proposta original das licitantes. O custo orçado pela empresa para a ampliação da rede é de US$ 320 milhões. Se forem computados os impostos, o valor total da segunda proposta das indústrias chegaria a US$ 677 milhões, segundo Vellinho. Seria mais do que o dobro do custo previsto pela CRT. O preço do terminal telefônico, que era de US$ 3.817 mil pela proposta desqualificada em dezembro, passou a US$ 3.290 na apresentada anteontem. Vellinho disse que o terminal deveria custar US$ 2.000, no máximo. "No mundo todo, os preços do setor estão em queda. Não poderíamos entrar na contramão da história. Revogamos a concorrência por exorbitância dos valores", disse. Vellinho afirmou que a medida deverá provocar um atraso de cerca de 90 dias no plano de expansão da empresa. Ele disse que a nova licitação poderá contar com novas empresas, como a AT&T, dos Estados Unidos, que já procurou informações. Texto Anterior: Empresas não se surpreendem Próximo Texto: Telebrás descentraliza megalicitação Índice |
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