São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Fator Lula; O que importa; Calendário apertado; Olho nos preços

Fator Lula
O sucesso parcial do plano de Fernando Henrique Cardoso depende em grande parte do temor que a candidatura de Lula despertar no setor mais organizado do empresariado, na opinião do economista José Eli da Veiga.
O que importa
Professor de Economia da USP, Veiga acredita que a tendência da inflação, seja ela qual for, não dependerá tanto do mérito intrínseco do programa governamental.
"O principal é o componente político-eleitoral", afirma.
Calendário apertado
Veiga avalia que, ao segurar as tarifas públicas, o governo está fazendo sua parte para que a inflação mostre tendência declinante antes do prazo de desimcompatibilização do ministro da Fazenda, em abril.
"Isso provocaria o efeito psicológico que viabilizaria sua candidatura", diz o economista.
Olho nos preços
A parte do empresariado, segundo Veiga, seria conter os reajustes dos preços, o que é possível nos setores oligopolizados.
Se subirem menos do que a inflação, seria o indício de que o empresariado vê FHC como a melhor opção anti-Lula.
A francesa
O Citroen ZX passou a ser o terceiro carro importado mais vendido no Brasil em dezembro.
Foram comercializadas 185 unidades.
Tradição quebrada
A GM não vai pagar bônus a executivos dos EUA este ano, apesar de a empresa ter voltado a dar lucro em 93. Eles equivaliam a 40% do salário dos executivos, quando foram suspensos em 90.
Lucro repartido
A empresa está estudando a possibilidade de, no futuro, condicionar a concessão de bônus a pagamentos aos operários, a título de participação nos lucros.
Em reforma
A decisão da GM revela que o presidente, John Smith, mantém a pressão para mudar a cultura empresarial da maior fabricante de carros dos EUA, segundo o "The Wall Street Journal".
Pintando demanda
A Bunge & Born, proprietária da Tintas Coral, se prepara para uma grande demanda de tinta na América Latina. O que deve ocorrer quando for liberado o crédito imobiliário.
Outra condicional
No Brasil, a expectativa depende da inflação. "Quando cair, o mercado será tão explosivo que será impossível atender a demanda", prevê o diretor Ricardo Estéves, no "The New York Times".

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