São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Tyson passa mais um ano na prisão

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O ano de 94 pode ser o último de Mike Tyson como presidiário. O lutador, que cumpre pena por estupro desde março de 92 no Indiana Young Center, em Indianápolis, deve ser libertado –caso tenha bom comportamento– em março do ano que vem, quando já tiver cumprido metade da pena prevista de seis anos. Antes, os advogados do ex-campeão tentam na Suprema Corte americana a marcação de um novo julgamento.
Enquanto não é libertado, o pugilista continua acumulando prejuízos. Após ganhar cerca de US$ 150 milhões em pouco mais de seis anos de carreira, Tyson sairá da prisão tão pobre quanto foi na infância, vivida no bairro do Brooklin, em Nova York.
Em entrevista ao jornal "The Sun", em 13 de dezembro último, o ex-campeão admitiu ter "perdido US$ 75 milhões, duas casas e 26 carros", desde que se iniciou o processo judicial, em 91. Hoje, ele teria apenas a posse de um carro e uma casa. "Deixei me levar pelas más amizades. Agora estou sozinho", disse Tyson, insinuando não ter aprovado a troca que fez entre Bill Cayton e Don King, na promoção de suas lutas, em 88. Quando se profissionalizou em 85, Tyson era empresariado por Cayton e Jim Jacobs, amigos do treinador Cus D'amato –que retirou Tyson do reformatório, quando este tinha 13 anos. D'amato morreu em 86.
As bolsas do lutador eram divididas. Tyson, Jacobs e Cayton ficavam, cada, com 30% e o técnico Kevin Rooney, com 10%. Após o combate com Spinks, em junho de 88 (quando a bolsa chegou aos US$ 22 milhões), Tyson –influenciado por Don King– entrou na Justiça contra os empresários, exigindo uma porcentagem maior. (WBJr)

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