São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994 |
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Mais desperdício; Falta de tempo, Primeiro; Promosafra; Alta rotatividade; Quarto ministro; Sem condições; Três meses Mais desperdício A notícia de que o Brasil desperdiça US$ 5,4 bilhões por ano em alimentos, destaque do caderno "Fome" publicado pela Folha em dezembro passado, desencadeou uma guerra entre os ex-ministros da Agricultura. Falta de tempo A polêmica começou com Djandir Dalpasquale, sexto ministro da Agricultura de Itamar. Horas antes de deixar o governo, em dezembro passado, ele declarou que quando chegou ao Ministério não havia qualquer programa para redução das perdas agrícolas. Primeiro Sua afirmação foi contestada pelo ex-ministro Lázaro Barbosa, primeiro dos oito ministros da Agricultura de Itamar. Promosafra Barbosa disse que durante a sua gestão (outubro de 92 a maio de 93) deu início ao Promosafra, programa nacional de combate ao desperdício na agricultura. Alta rotatividade "A alta rotatividade no ministério deve ter impedido a continuidade do programa", acrescentou Lázaro Barbosa. Quarto ministro Na quinta-feira passada foi a vez do quarto ministro, Barroz Munhoz, entrar na briga. "Durante o tempo em que fiquei no Ministério dei continuidade ao programa iniciado por Lázaro Barbosa", afirmou ele. Sem condições Munhoz também atacou Dalpasquale. "Ele não teve condições políticas para levar adiante nem este nem qualquer outro plano do Ministério", disse. Três meses Indicado pelo PMDB, Munhoz assumiu o Ministério em junho de 93, substituindo Nuri Andraus, que durou apenas 15 dias. Em agosto de 93, demitiu-se do cargo, seguindo orientação do governador Fleury. Itamar atento O atual ministro da Agricultura, Alberto Portugal, sétimo do governo Itamar, saiu em defesa do governo. "Há muita coisa por se fazer nesta questão do desperdício, mas o governo Itamar já fez o suficiente para provar que não se omitiu", disse Portugal. Pioneiro Segundo Portugal, em maio de 93 o governo editou o documento "Perdas na Agropecuária Brasileira". "A divulgação deste documento comprova que o presidente foi o primeiro a alertar a sociedade sobre o problema", concluiu o interino. Feliz 93 Levantamento divulgado pela Anfavea na semana passada indica que as vendas internas de máquinas agrícolas cresceram 64,7% no ano passado. De janeiro a dezembro foram vendidas 26.620 unidades, contra 16.160 em 92. Mais 10% Para 94, a indústria de máquinas agrícolas prevê crescimento de 10%. Acordo na Câmara Setorial garante crédito de US$ 650 milhões para o Finame Rural. Texto Anterior: Copinho mede desperdício Próximo Texto: Controle biológico: sucesso na Colômbia Índice |
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