São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994
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Na Justiça; Sentença favorável; Proteção financeira; Cobrança no vermelho; Desconfiança de banqueiro; Governador acionado; Dando o exemplo; Taxa administrável; Uso limitado; Por tradição

Na Justiça
A Ernst & Young está aconselhando as empresas a recorrer à Justiça contra a lei 8.541/92, que introduziu a tributação em separado dos ganhos com aplicações financeiras.
Sentença favorável
Waldir Siqueira, diretor da consultoria, afirma que está começando a se formar opinião jurídica contrária a essa lei.
Segundo ele, pela menos uma sentença –dada na 16.ª Vara Federal em São Paulo– foi favorável às empresas.
Proteção financeira
Para Waldir Siqueira, ao aplicar no mercado financeiro, "as empresas estão protegendo seu patrimônio da inflação, e não especulando".
Ele acha que o imposto deve incidir sobre o resultado global da empresa.
Cobrança no vermelho
Siqueira nota que a lei 8.541 faz com que empresas que estejam no prejuízo em suas operações normais paguem Imposto de Renda sobre o resultado positivo de aplicações financeiras.
Desconfiança de banqueiro
Os banqueiros ainda não estão convencidos. Apesar das negativas do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, continuam perguntando a ele se haverá tablitas ou tabelas de conversão com a introdução da URV.
Governador acionado
Abram Szajman, da Federação do Comércio de São Paulo, pediu ao governador Fleury que determine ao Banespa e à Nossa Caixa que operacionalizem o financiamento de materiais de construção ao consumidor.
Dando o exemplo
Szajman acha que, se os bancos oficiais saírem na frente, os particulares iriam atrás.
Essa linha de financiamento é da ordem de US$ 300 milhões.
Taxa administrável
Carlos Antônio Luque, da Ordem dos Economistas de São Paulo, afirma que a aceleração da taxa de inflação em mais de três pontos percentuais ao mês é significativa, mas ainda administrável.
"Ainda não estamos em processo de hiperinflação", diz.
Uso limitado
Segundo o economista, a intenção do governo de segurar os preços das tarifas públicas para controlar a inflação não terá sustentação se for usado como instrumento de longo prazo.
Por tradição
Luque acha, no entanto, que faz sentido se for usado como instrumento de curto prazo.
"Esse não é o método correto, mas é tradicionalmente usado no Brasil", afirma.

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