São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994 |
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Otan aprova entrada de ex-comunista da Europa
HUMBERTO SACCOMANDI
A Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA, aprovou a incorporação dos ex-comunistas da Europa como membros não-efetivos. É a Parceria pela Paz, proposta do presidente dos EUA, Bill Clinton. O objetivo é estabilizar o Leste Europeu. "Quero dizer à população do Leste que nós dividimos com vocês um destino comum. A comunidade democrática cresceu", disse Clinton. A Otan ofereceu colaboração militar aos países do Leste, mas não prometeu que eles se tornarão efetivos. Os 16 membros da aliança tem um compromisso de defesa comum que não será extendido aos "parceiros". Isso poderia irritar o comando militar russo. Ontem mesmo, o líder nacionalista russo Vladimir Jirinovski afirmou que a expansão da Otan até as fronteiras da Rússia provocaria a 3.ª Guerra Mundial. "Imagino uma política de segurança para o pós-Guerra Fria, baseada não na divisão da Europa, mas na integração", disse Clinton. A Otan aprovou a criação de uma força de paz que poderá atuar no Leste Europeu. Enquanto os combates continuavam na Bósnia, os líderes da Otan discutiam se autorizavam ataques aéreos aos sérvios. Para Clinton, as ameaças retóricas só minam a autoridade da Otan. Muitos países europeus parecem mais dispostos a apoiar a proposta americana de ataques seletivos. Sumô Em um momento de descontração, o presidente Clinton disse ao líder alemão Helmut Kohl que ele parece um lutador de sumô. Segundo Clinton, eles são os "maiores" participantes da cúpula. Texto Anterior: Economia alemã encolhe 1,9% Próximo Texto: Ex-sócio complica a situação de Clinton Índice |
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