São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994
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O achado de Ulysses

Era o tempo das intermináveis sessões do Congresso constituinte. Elas se prolongavam até que fosse atingido o número mínimo de parlamentares que constituía o quórum qualificado de votação. Sempre sentado na cadeira de presidente, Ulysses Guimarães (PMDB-SP) comandava os trabalhos com seu indefectível bordão:
– Registrem seus códigos, registrem seus códigos. Vamos votar, vamos votar...
Também nesta época, outro tema, mais ameno, era obrigatório nas rodinhas de congressistas no café da Câmara: as fotos publicadas por uma revista masculina em que uma das secretárias do deputado Samir Achôa (PMDB-SP), Milene Macedo, aparecia nua.
Foi no cruzamento destas duas circunstâncias que Ulysses fez o plenário da Câmara quase desabar em gargalhadas. Ele chamava seu correligionário para votar:
– Como vota o deputado Samir Achôa? Deputado Samir Achôa? Deputado Samir Achôa?
Como não obtinha resposta do parlamentar, Ulysses saiu-se com esta:
– Posso concluir que o deputado Samir, achou-a...

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