São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Técnico tenta conter revolta russa para ter um time pronto nos EUA

JAIR RATTNER
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE LISBOA

O técnico Pavel Sadyrin, 51, na seleção russa desde 92, aproveitou a homenagem ao atacante Cherbakov, do Benfica, e veio a Lisboa para tentar diminuir a revolta que quase deixou o seu time sem jogadores. Tudo por causa do contrato que obriga os atletas a usarem todo o uniforme, incluindo as chuteiras, da Reebok.
Em troca, apenas a divisão de US$ 250 mil pela equipe. Sadyrin nega tudo, diz que o assunto foi resolvido, mas não conta qual a proposta apresentada por ele nas reuniões com os jogadores.
*
Folha - Em relação ao contrato da seleção russa com a Reebok, alguma proposta está sendo discutida?
Sadyrin - Existe uma proposta, mas diz respeito à Federação e aos jogadores, não tem nada a ver com o treinador. É uma proposta que em princípio salvaguarda todos os interesses.
Folha - Mas você não foi um dos que assinaram o contrato com a Reebok?
Sadyrin - Não assinei nenhum contrato pois, juridicamente, não poderia fazê-lo. Quem assinou foram os membros da Federação.
Folha - O grupo que vai ser convocado para a excursão aos EUA já está escolhido?
Sadyrin - Há um grupo de 35 jogadores já escolhido para o trabalho da seleção. Desse grupo, alguns não poderão estar presentes, sobretudo os que estão jogando em clubes europeus e têm compromissos de campeonatos. Irão outros, mas todos fazem parte da equipe de trabalho. O fato de um ou outro não estar presente não significa que esteja excluído da seleção. Apenas é necessária uma negociação com os clubes para cedê-los à seleção.
Folha - Como a seleção russa pretende jogar contra o Brasil na estréia da Copa do Mundo?
Sadyrin - Vamos continuar a analisar o time brasileiro, os seus jogadores e vamos definir um plano para esse jogo específico. Mas acredito que jogaremos bem.
Folha - A maioria dos jogadores de sua seleção estão fora da Rússia. Isso não faz cair a qualidade do futebol em seu país?
Sadyrin - Isso é verdade, mas surgiu uma boa geração com muita qualidade, como os que estão na seleção olímpica.
Folha - Há uma mudança na forma de jogar da Rússia desde que você assumiu?
Sadyrin - A filosofia foi não modificar o estilo dos jogadores, mas enquadrá-los dentro das suas características individuais.

Texto Anterior: Nova denúncia contra Viana
Próximo Texto: Paraguaçuense reconquista vaga na A-2
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.