São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994
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CPI decide quebra de sigilo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI do Orçamento está fechando o cerco ao governador Joaquim Roriz (DF). Já existem sete linhas diferentes de investigação. Hoje a CPI deve decidir a quebra de sigilo bancário de quatro pessoas ligadas ao caso Roriz: Valdivino Vieira Pinheiro (ex-capataz de Roriz), Wanderlan Dias Soares (conta fantasma), Joana D'Arc Fraga da Rosa (presidenta da Fundação Essênia) e da Fundação Essênia.
Além das transações bancárias envolvendo conta fantasma, a CPI quer mapear o patrimônio do governador. Os parlamentares dispõem de uma lista de 15 pessoas que atuariam como testas-de-ferro do governador na compra de fazendas. As 15 propriedades sob investigação se localizam em Luziânia, feudo da família Roriz.
Os resultados mais imediatos, no entanto, são esperados na análise das contas do fantasma Wanderlan Dias Soares e do jornalista Ronaldo Junqueira. O deputado Augusto Carvalho vai levar à CPI o pedido de quebra do sigilo bancário de Junqueira, que por enquanto não está incluído na lista a ser votada pela CPI.
Ronaldo Junqueira é considerado uma possível conexão das contas de Roriz com o esquema de PC Farias. O nome de Junqueira já havia surgido na CPI do Collorgate. Ele estava envolvido em negociações de publicidade com Cláudio Vieira, então secretário particular de Collor.
A Subcomissão de Patrimônio deverá incluir o nome de Roriz entre os investigados que apresentaram irregularidades. O governador teve crescimento patrimonial a descoberto de 1988 a 1990. Isso significa que não havia rendimentos declarados suficientes para justificar o aumento de patrimônio de Roriz. A irregularidade permaneceu mesmo depois das nove retificações encaminhadas por Roriz à Receita Federal.

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