São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994 |
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Tráfico obriga a fechar comércio no Rio
SÉRGIO TORRES
Segundo a população do complexo favelado formado pelos morros Cajueiro, Congonhas e Sossego, em Turiaçu, Luisinho se aliara a Jorge Luiz na briga travada em Acari contra Parazão. No local, Luisinho é considerado morto, apesar de o corpo não ter aparecido. O fato de o comércio não funcionar significa, nas favelas do Rio, luto pela morte de um "chefão" do tráfico. Disputa Há três meses, Parazão, do CV (Comando Vermelho), e Jorge Luiz, do TC (Terceiro Comando), disputam à bala as "bocas-de-fumo" de Acari. Pelo menos 20 pessoas já morreram na "guerra", que se alastra pelos subúrbios cariocas. No sábado, 12 mortes ocorreram quando o bando de Parazão invadiu Acari e o morro Jorge Turco, em Rocha Miranda. A geografia da disputa já inclui as favelas de Acari, Jorge Turco, Congonhas, Sossego, Cajueiro, Final Feliz, Cavaleiro da Esperança, Vila Autobrás e Gogó da Ema. Nessas quatro últimas situadas em Guadalupe, cerca de 50 pessoas foram torturadas nuas anteontem. Uma das vítimas, Airton, foi morta a tiros. Cativeiro Apenas às 14h de ontem o corpo de Airton foi removido do alto da Vila Autobrás. A 31.ª DP (Delegacia de Polícia), em Ricardo de Albuquerque, alegou que não havia segurança para subir o morro. A ação da quadrilha de Jorge Luiz em Guadalupe teria como objetivo não só encontrar o esconderijo de Parazão. Segundo moradores de Turiaçu, Jorge Luiz também estaria tentando achar o cativeiro do amigo Luizinho. Texto Anterior: Imagem de Cristo divide opiniões na PB Próximo Texto: Brizola quer ver sobreviventes Índice |
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