São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994
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Verão em Porto de Galinhas lembra que o Taiti é aqui

JOYCE PASCOWITCH
ENVIADA ESPECIAL A PERNAMBUCO

Porto de Galinhas já é o máximo antes de se chegar lá. O trajeto de cerca de 50 minutos de carro a partir do aeroporto de Guararapes, em Recife, já prepara o felizardo em questão: uma estradinha de mão dupla com muito verde –da cana–, muito azul –do céu, sempre limpo– e uma luz de enlouquecer qualquer mortal. Tudo isso contiua na chegada, com a vantagem de se acrescentar à cena um mar, mas um marzão daqueles verdes –ou será azul?–, com arrecifes que transformam a água em tons dignos do Taiti.
Acrescente-se ainda uma coleção de jangadas. Você já andou de jangada? Então está mais do que na hora. Como elas só circulam do lado de cá das pedras, nada de riscos. Apenas a sensação mais zen que se pode experimentar, uma espécie de fusão com o mar. Mas isso é só o começo. Para a chegada está bom, não está?
Só que tem pelo menos mais dois passeios, fundamentais. De um lado, o Muro Alto, um pedaço de praia prensado em um colar de arrecifes, que transforma o mar em um piscinão com águas translúcidas. E o melhor de tudo, sempre vazio. Mesmo na alta temporada, Muro Alto sempre é um desfrute. Na ponta oposta fica o pontal de Maracaipe, um encontro do mar com o rio, visual também para 400 talheres.
Como em vários "points" do Nordeste, um bugue é muito bem vindo para os passeios. Se você ficar hospedado no Pontal de Ocaporã, o melhor hotel da região (tel. 081-5521400), além de usufruir de um dos mais bonitos pedaços da praia –e quartos pendurados sobre a própria, com rede e todas as infras necessárias–, há bugues a granel para alugar.
Na vila, os passeios ao cair da tarde dão um toque de cidade do interior, com direito a coco gelado, conversas de pescador –com Pinto, por exemplo, o mais famoso da região. Três de seus filhos são jangadeiros. Assim como Jack, considerado o mais simpático e prestativo do pedaço.
Para aluguel de material de pesca e outros apetrechos de mar, é só procurar o Cláudio no Porto Point. É lá também que se faz contato para alugar o bugue de Rita de Oliveira, fotógrafa e bugueira arretada.
Para comer peixes da região –como filé de agulha–, lagostas, polvo etc. e tal, o restaurante do Brás é o melhor. E, por incrível que pareça, a Pimpinella serve pizzas bem fininhas, iguais às melhores de São Paulo, debaixo de uma cobertura de sapê. Desnecessário dizer que o dono, Nelson, é paulista. Melhor, estraga. E como ninguém é de ferro, a noite sempre acaba em forró.
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Sobre Porto de Galinhas na pág. 6-12

A colunista JOYCE PASCOWITCH viajou a convite da Transbrasil.

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