São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Produto farmacêutico subiu 2.489% em 93

DA SUCURSAL DO RIO

Os produtos e serviços mais utilizados pela população foram os grandes responsáveis pela inflação recorde apurada em 93, de 2.489,11% no ano, segundo o Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE. Os produtos farmacêuticos, que subiram 3.594,55%, foram os principais vilões, puxando a alta no grupo saúde e cuidados pessoais, o que mais subiu (3.005,50%).
O grupo transporte e comunicação registrou a segunda maior variação, de 2.549,64%, com destaque para o telefone residencial (3.154,51%). A seguir, ficou o grupo alimentação e bebidas, com 2.462,85%. As hortaliças (2.742,76%), os açúcares e derivados (2.739,18%) e o óleo de soja (2.692,85%) apresentaram aumento expressivo.
O grupo despesas pessoais fechou o ano com alta de 2.473,99% e vestuário, com 2.309,65%. O INPC registra a variação das despesas de famílias com renda mensal até oito salários mínimos.
Pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se refere aos gastos de famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos, a inflação de 1993 atingiu 2.474,15%. Saúde e cuidados pessoais foi o grupo recordista (2.858,48%).
Em dezembro, o INPC chegou a 37,73%, ou 1,73 ponto percentual acima do registrado em novembro. O IPCA atingiu 36,84%, representando uma elevação de 1,28 ponto percentual.
Metodologia
A partir de 94, o IBGE introduzirá algumas modificações na metodologia de cálculo dos índices de inflação. A principal mudança é que o cálculo da variação de cada produto passará a ser feito não mais pela média aritmética dos aumentos de todas as marcas, mas pela média geométrica (multiplicam-se as variações e se extrai a raiz cúbica do resultado).

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