São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994 |
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Marina Grill vem ao encontro do verão
JOSIMAR MELO
O restaurante –aberto em setembro– é obra de um especialista em peixes, o argentino Pablo Rillo, 37 anos, há 18 no Brasil. Ele até então dedicava-se ao comércio internacional de pescados –chegou a cuidar diretamente de seu suprimento, com um barco pesqueiro próprio. O desejo de ter um restaurante levou-o a trocar sua atividade pelo Marina Grill. A idéia é boa. Ela junta o interesse pelos pescados –que é crescente no público da cidade– com uma ambientação informal e despojada, que ajuda a baratear um pouco a conta. Para trabalhar com os delicados pescados e prepará-los sobre a brasa, Rillo chamou um churrasqueiro com alguma vivência em restaurantes japoneses, o baiano Joildo Alves de Campos, 21, que veio de dois anos de trabalho no Sushiyassu. Na verdade, o estilo de pescado servido no Marina Grill lembra mais os grelhados ibéricos, os pescados "à la plancha", que deliciam mais os espanhóis que os japoneses. Meca, salmão e congro estão entre os peixes servidos em posta, enquanto peixe-espada e cação são preparados em espetinhos, todos temperados apenas com sal. O camarão, um dos sucessos de público, recebe sal grosso antes de ir ao calor. Ainda falta bastante para que eles atinjam um ponto fundamental, o verdadeiro desafio, para este tipo de preparado: a umidade e a suculência que japoneses ou espanhóis mantêm em seus peixes grelhados. Um espetinho de cogumelos e vieiras, por exemplo, vem à mesa ressecado, pecado que pode atingir também a lagosta. Mas outros, como a anchova –servida com manteiga e ervas– já chegam mais perto do ideal. Texto Anterior: 'Jardim Secreto' expõe vícios de Hollywood Próximo Texto: Israel; Spot Índice |
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