São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994 |
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A seguir, as principais novidades que a "super-rodovia eletrônica", uma rede de fibra ótica capaz de disseminar imagens e sons digitalmente, vai produzir: Telefonia com imagens - "Você vai poder ver e ouvir sua avó a milhares de milhas de distância, em tempo real e imagem de alta definição", diz John Malone, chairman da TCI. Entretenimento programável pelo usuário: filmes, esportes, videogames, programas e séries de TV, tudo disponível quando o usuário determinar. Compras em casa: possivelmente monitoradas por um "agente eletrônico" capaz de escolher os melhores preços e ofertas segundo as especificações do usuário. O usuário poderá fazer um tour em Hong Kong para comprar sedas, ou passear pela 5.ª Avenida de Nova York, clicando com seu mouse ou controle remoto, o que deseja adquirir. Serviços educativos e comunitários: Pesquisa em bibliotecas, museus e bancos de dados, textos e imagens, aulas e seminários, sem sair de casa. Dois ou três médicos em pontos diferentes poderão acompanhar uma cirurgia. * Quem está construindo: as principais empresas telefônicas americanas –Bell Atlantic, Pacific Bell, Nynex, US West, Att, MCI– e seus "parceiros estratégicos"– as operadoras de cabo Tele-Communications Inc. e Comcast, o canal de compras QVC, o grupo Time-Warner, as redes de informática Ameritech e America OnLine. Quando estará disponível: ninguém sabe precisar. Segundo Malone, o complexo TCI/Bell Atlantic pretende oferecer "serviços interativos limitados", como compras e filmes à escolha do assinante, entre 94 e 96, inicialmente apenas em algumas cidades-teste; entre 96 e 97, serviços interativos completos devem estar disponíveis nas principais cidades americanas. Em 98, Malone espera ter "telefonia digital completa", tornando efetivamente possível todo o espectro de serviços da "super-rodovia". Onde estará disponível: Inicialmente, nos grandes centros dos EUA. Entre 98 e 99, em todos os EUA. "A medida que o resto do mundo melhora seus sistemas de telefonia e cabo, as portas se abrem para a entrada de empresas americanas nesses mercados", diz Malone. Quanto vai custar: para as empresas que estão construindo a "super-rodovia" o investimento é da ordem de US$ 20 a US$ 30 milhões/ano. Para o assinante, o custo é extremamente impreciso. "Inicialmente, será algo simbólico, US$ 1, US$ 1,5", diz Raymond Smith, chairman da Bell Atlantic. "Depois, vai variar enormemente, dependendo do que cada usuário efetivamente utilizar. Filmes e programas de livre escolha serão baratos, mas telefonia com imagens, por exemplo, custará mais." Texto Anterior: EUA debate "super-rodovia eletrônica" Próximo Texto: TV a cabo em São Paulo ainda engatinha Índice |
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