São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Defesa de castradora diz que ela agiu por insanidade temporária

DE WASHINGTON

Lorena Bobbitt, 24, a manicure equatoriana que cortou o pênis do marido, retoma hoje seu testemunho no julgamento que pode condená-la a 20 anos de prisão. Por decisão do juiz, o tribunal ficou em recesso ontem.
Especialistas em direito têm elogiado o trabalho da defesa, que está tentando provar que Lorena agiu por insanidade temporária motivada por quatro anos de agressões físicas e sexuais praticadas contra ela pelo marido. O depoimento dela anteontem foi considerado muito superior ao que prestou em novembro, quando o marido foi absolvido da acusação de estupro.
O advogado de defesa, James Lowe, orientou a cliente a olhar os jurados enquanto falasse e controlar emoções. Ela só chorou ao relatar incidente em 1992, quando alega ter sido forçada a praticar sexo anal.
Lowe está sendo pago por entidades feministas. Ele se recusou a revelar à Folha quanto está cobrando. Advogados ouvidos pela Folha calculam que os honorários dele no caso sejam em torno de US$ 20 mil. Doações para o tratamente médico de John Bobbit chegam a US$ 260 mil. (CELS)

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