São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994 |
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Corredor liga sete Estados a portos
MAURA FRAGA
Um produtor de soja de Goiás, por exemplo, não precisa mais fazer contato em separado com a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) ou Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que operam, respectivamente, a Estrada de Ferro Vitória-Minas, o porto de Tubarão e os portos de Vitória. Basta telefonar para o escritório do corredor, no Centro do Comércio do Café, em Vitória (ES). As três empresas oferecem ao cliente pacotes integrados, por meio dos quais, muitas vezes, cobra-se um preço único desde o carregamento do trem até o navio. Esse tipo de transporte é conhecido como "transporte ponta-a-ponta", cuja função é simplificar o trabalho e reduzir custos. O consórcio já nasceu beneficiado por acordos de exportação que já existiam entre o Corredor Centro-Leste e os corredores europeus de Trieste (Itália), Roterdam (Holanda) e Ghent (Bélgica). Esses acordos garantem tarifas menores aos exportadores brasileiros. Estão em negociação acordos semelhantes com Espanha, França, Cingapura e Japão. O Corredor de Transporte Centro-Leste é gerenciado politicamente pelo Conselho Interestadual de Desenvolvimento, integrado pelos governadores do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Espírito Santo, os sete Estados que formam o corredor. Ferrovias Todo esse complexo é constituído por um sistema integrado que une 1.200 km de linhas da Rede Ferroviária Federal com um trecho de 600 km da Estrada de Ferro Vitória-Minas, pertencente à Companhia Vale do Rio Doce. Há ainda um diversificado complexo portuário localizado na costa do Espírito Santo, constituído por seis portos. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Paulo Augusto Vivacqua, diz que a formação de uma malha ferroviária capaz de atravessar o Brasil, a partir de Brasília, passando pelo Triângulo Mineiro até chegar aos portos do Espírito Santo, "leva a crer que, em tempos de crise, a melhor maneira de fazer frente às dificuldades é descartar interesses corporativistas e somar". Texto Anterior: FHC distribui cestas e é saudado como presidente Próximo Texto: Vale investe US$ 100 mi Índice |
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