São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Imagens enterram futilidades

ERIKA PALOMINO
DA REDAÇÃO

Há quem torça o nariz para a fotografia de moda. Sobretudo fotojornalistas. Que é "fácil" registrar uma imagem sob supostas condições ideais de luz, locação e gente bonita. Mas, para quem quer enxergar mais longe, foto de moda significa outra coisa.
Uma boa foto de moda enterra o conceito de vaidade (as "vanités") frivolidade e futilidade que costumam embaralhar o conceito da moda em si. Uma boa foto de moda tem o poder de representar momentos sociais, estéticos e históricos –fora mostrar como as pessoas se vestiam ou se vestem.
Correndo paralelamente aos mestres da fotografia "séria", nomes como Meyer, Hoyningen-Huene, Irving Penn, David Bailey, Helmut Newton registraram os ideais de beleza e forma humanas, com valores que incluem a elegância, o glamour e o chic-ismo, a audácia, a sensualidade, o naturalismo e a espontaneidade, a pose e o fake. Por isso mostras e livros como "Vanités" são importantes. Para se trabalhar a obra dos mestres, observar os contemporâneos (Peter Lindbergh, Sarah Moon, Nick Knight, Vallhonrat, Roversi) para finalmente poder entender fenômenos como os novos naturalistas como Corinne Day, David Sims, Mario Sorrenti. (Erika Palomino)

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