São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 1994
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Dona-de-casa morre decepada em elevador do Hospital das Clínicas

DA FT

A dona-de-casa Odete Machado Siqueira, 62, morreu decepada ontem em acidente em um dos elevadores do Hospital das Clínicas.
Odete, que tinha problemas em um dos joelhos, havia saído de uma consulta na fisioterapia, no subsolo do prédio de Ortopedia e, segundo Márcio Passini Gonçalves de Souza, diretor-executivo do hospital, teria forçado a porta do elevador quando esse já havia passado do nível do solo e estava na altura da cintura da vítima.
Odete, que possui sérios problemas visuais provocados por diabetes, teria tentado entrar, mas a porta voltou a fechar. A vítima então tentou sair, mas não houve tempo e sua cabeça foi prensada entre o chão do elevador e o teto da porta, decepando-a. Não foi encontrado sangue no elevador.
O acidente ocorreu por volta de 8h15. Segundo o diretor, o elevador havia amanhecido parado e o hospital chamou dois técnicos da Indústrias Villares S/A, responsável pela manutenção. Os técnicos estariam no local quando o elevador voltou a funcionar e provocou o acidente.
A polícia apura o caso. A família de Odete culpa o hospital pelo acidente. "Ninguém abre um elevador fechado e quebrado", disse Selma Siqueira Porfírio, filha de Odete. O diretor do hospital diz que vai esperar o resultado da perícia. A Villares afirma que não houve responsabilidade da empresa e que o elevador foi considerado em perfeitas condições de uso pela polícia técnica. Ele não soube explicar como o elevador voltou a funcionar sozinho, já que afirma que os técnicos da empresa ainda estavam chegando ao local quando o acidente ocorreu.

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