São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
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Regras para elevador mudam com acidentes

Nos últimos 30 dias foram registradas três mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

O controle da manutenção de elevadores na cidade de São Paulo deve ser mais rigoroso. O acidente que provocou a morte da dona-de-casa Odete Machado Siqueira, 62, decapitada por um dos elevadores do Hospital das Clínicas na terça-feira, apressou a publicação do decreto que regulamenta a lei que normatiza o setor. Ela deve sair hoje no "Diário Oficial do Município. Nos últimos 30 dias, foram três os acidentes fatais com elevadores em São Paulo.
Com a regulamentação, pelo menos 80% das 97 empresas de manutenção de elevadores estarão cadastradas no Contru (Departamento de Controle do Uso dos Imóveis) deverão fechar por falta de condições técnicas, segundo o diretor do órgão, Carlos Alberto Venturelli. "Essas empresas são praticamente fantasmas. Não têm endereço registrado nem telefone", afirma.
A cidade tem cerca de 48 mil elevadores cadastrados. Outros 10 mil, segundo Venturelli, funcionam clandestinamente. Todos terão de ser vistoriados anualmente e passar por manutenção mensal. "Não ter alvará não significa que o elevador seja inseguro. A manutenção é que garante a segurança." Os itens considerados mais importantes no decreto são o recadastramento das empresas que fazem manutenção, a comunicação dos acidentes ao Contru, a utilização de peças originais ou equivalentes e a manutenção de postos de atendimento de emergência funcionando 24 horas.
O decreto estabelece condições mínimas para operação das empresas. Uma empresa que faz manutenção de até 50 elevadores terá de manter seis técnicos contratados, um veículo e uma linha telefônica. A cada 30 novos elevadores, terá de contratar mais um técnico e, a cada cem elevadores, outro veículo e outra linha telefônica.

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