São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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"Números justificam parabéns ao jornal"

DA REPORTAGEM LOCAL E DAS

Sucursais de Brasília e do Rio
"A ampliação da leitura do jornal é um fato positivo, que reflete o crescimento da própria economia", disse o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, ao ser informado, na sexta-feira, sobre o avanço na circulação da Folha registrado em 1993.
"Esses números justificam os parabéns à Folha", afirmou, no Rio, o jornalista Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Segundo ele, a tiragem dos jornais brasileiros poderia ser maior, "não fosse a pobreza do povo".
Para o publicitário Ivan Marques, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo, a dificuldade de crescimento no contingente de leitores deve-se a limitações, como a baixa escolaridade e empecilhos de ordem econômica e social.
Diante disso, o crescimento de circulação da Folha foi assim saudado por Humberto Mendes, superintendente da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap): "Acho fantástico. Os publicitários e a mídia impressa ganham muito com o crescimento do universo de leitores".
Mendes opina que a competição entre os jornais paulistas está contribuindo para aumentar significativamente a qualidade dos veículos.
Opinião semelhante tem o empresário José Mindlin, que se declara na dupla condição de leitor da Folha e membro do conselho consultivo de "O Estado de S.Paulo".
"Acho que o público se beneficia com o fato de os dois jornais estarem se esforçando para dar maiores e melhores informações aos seus leitores", afirma Mindlin, para quem conquistas de recordes de circulação no Brasil devem ser relativizadas, por serem ainda limitados quando comparadas às de países de Primeiro Mundo. "No Japão, por exemplo, as tiragens alcançam oito milhões de exemplares".
"Ao registrar essas marcas, a Folha alcança um êxito que engrandece não apenas a Empresa Folha da Manhã e seus colaboradores, mas toda a imprensa brasileira", afirma Alcides Tápias, presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban).
"Estou muito satisfeito porque a Folha é um dos pilares da imprensa livre no Brasil", declara Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho de administração do grupo Sadia. "Nós, aqui na Sadia, achamos que quando o consumidor faz um produto crescer é porque ele tem qualidade".
O publicitário Mauro Salles afirma que a "grande expansão" do jornal não se marca apenas pelos números e investimento permanente em tecnologia e aprocessos destinados a aprimorar a produção. "A Folha desempenha hoje papel muito importante como veículo para os anunciantes que têm produtos e serviços e encontram no jornal parceiro importante para viabilizar suas estratégias mercadológicas".
Para Rubens Carvalho dos Santos, superintendente comercial do SBT, ultrapassar a barreira dos 600.000 exemplares dominicais, como fez a Folha, sugere também avanço político: "A existência de um jornal com tamanha tiragem indica que o Brasil está mudando para melhor. Indica que hoje a população brasileira lê mais, tem maior interesse pela informação, ou seja, que a cidadania está se consolidando no país".

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