São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 1994 |
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Europeus dominam seleção de Berlim
AMIR LABAKI
Cinco eurocineastas do primeiro time disputam Berlim-94. O francês Alain Resnais carrega dupla munição com o duo "Smoking/No Smoking". O britânico Ken Loach, de "Agenda Secreta", concorre com "Ladybird, Ladybird". O veterano Mario Monicelli, em cartaz em São Paulo com "Parente... É Serpente", apresenta "Cari Fottitissimi Amici". A maior cineasta húngara, Marta Meszaros, reaparece com "O Feto". Por fim, Krzystof Kieslowski tenta bisar o triunfo veneziano de "A Liberdade É Azul" disputando o Urso de Ouro com "Trois Couleurs: Blanc". Dentro da hegemonia européia, um rigoroso equilíbrio nacional foi mantido. A Grã-Bretanha concorre com quatro filmes; Alemanha e França, com três; Itália e Espanha, com dois. No que se refere aos sete não-europeus concorrentes, a grande surpresa é a reduzidíssima participação norte-americana na disputa, com apenas dois títulos. A presença latino-americana é a mais forte das quatro últimas edições do festival. Apesar de ainda não completamente finalizado, "A Terceira Margem do Rio" de Nelson Pereira dos Santos foi confirmado na competição internacional. Se Pereira dos Santos não acertou decididamente a mão terá seu filme eclipsado pelo estupendo "Morango e Chocolate", que valeu a Tomas Gutierrez Alea ("Memórias do Subdesenvolvimento") os principais prêmios no último Festival do Cinema Latinoamericano de Havana (Cuba). A cineasta argentina Maria Luiza Bemberg ("Camila") fará parte do júri principal, que será presidido pelo produtor britânico Jeremy Thomas, de "Little Buddha", o épico bertolucciano que abre Berlim-94. Texto Anterior: Marcelo Garrafa Próximo Texto: Em "Eu", Khouri se repete Índice |
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