São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 1994 |
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CIA
NELSON DE SÁ
Que revela fatos como um despacho de 8 de março de 1963, em que "a CIA diz que elementos conservadores entre os militares estão fazendo planos para a possível deposição do presidente João Goulart" Mas também insinua que o golpe pode ter sido feito apenas como reação aos projetos ditatorias do próprio Jango. O Fantástico editou, na sequência do primeiro despacho, um outro que dizia, segundo sua tradução: "O presidente João Goulart pensou, ele próprio, em adotar uma saída militar para a crise. Daria um golpe com o apoio de uma ala das Forças Armadas." A sempre presente "edição" segue ao descrever as "personalidades" dos 60. Aí entra a vingança contra os adversários de então. Samuel Wainer é descrito como "não inteiramente ético". Miguel Arraes é "um ultranacionalista com ações pró-comunistas". Já o economista e deputado federal Roberto Campos surge com os esperados elogios: "Brilhante, trabalhador e extremamente competente." Mas não importa a edição. Revelações de todo gênero surgiram no programa, como a de que Che Guevara teria passado por Curitiba nos anos 60, ou a de que a família de Jarbas Passarinho foi ameaçada de sequestro, ou a de que o governo dos Estados Unidos previu um futuro de "ineficiência" para o programa nuclear. E por aí vai. Maluf A cambaleante candidatura presidencial do prefeito Paulo Maluf não poderia ter um domingo pior, segundo o Jornal da Cultura. Primeiro, "a forte chuva provocou novo afundamento na avenida Juscelino Kubitschek: a água era tanta que o buraco se transformou numa cachoeira". Segundo, "os motoristas e cobradores de ônibus clandestinos fazem manifestação e exigem da prefeitura que, enquanto não estiverem regularizados, nenhum carro seja apreendido pelos fiscais". Terceiro, "os lixeiros entram em greve e 12 mil toneladas de lixo deixarão de ser coletadas". Começa hoje. Texto Anterior: O que aconteceu aos ciganos? Índice |
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