São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 1994 |
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SHAQ ATTAQ
SERGIO SÁ LEITÃO
Aos 21 anos, o jogador da NBA lança um filme e um disco e ganha US$ 15,2 milhões em apenas um ano Ele tem um vídeo. Uma biografia. Um álbum de rap. Um filme. E um game. Aparece em dois comerciais de TV. Uma revista em quadrinhos. Cartões de natal. E duas capas recentes –"Rolling Stone" e "GQ". Ganhou US$ 15,2 milhões em 93. Em quatro anos, terá recebido US$ 100 milhões. Não, Shaquille O'Neal não é ator, escritor ou músico. Super-herói? Talvez. Ele apenas joga basquete. Num time que deixou a sarjeta por sua causa, o Orlando Magic. É um craque. Na temporada 92/93, a primeira de sua carreira profissional, alcançou a média de 23,4 pontos por jogo. Foi eleito "Novato do Ano" e repetiu um feito de Michael Jordan, sendo escolhido para o "Jogo das Estrelas" na temporada de estréia. Na atual temporada, simplesmente marcou 49 pontos num só embate, contra o Indiana Pacers. Pois bem. Aos 21 anos, nada mais, este moleque de Newark, Nova Jersey, fã de rap e "pegas", é o jogador número um da NBA. Não só, aliás. Está entre os cinco esportistas mais bem pagos do planeta. Que tal? E tem mais. Hollywood, com William Friedkin ("Exorcista") no comando. Ou, quem sabe, o pop: seu disco está entre os 50 da "Billboard", 700 mil cópias vendidas. Nada mal. Se a NBA, como quer seu chefe, David Stern, é mesmo a nova Disney, Shaquille O'Neal tem tudo para ser o novo Mickey Mouse. Prepare-se, pois, para idolatrar e consumir Shaquille Mouse. Os anos 90, definitivamente, são a era do ataque de Shaq. Texto Anterior: "Geração Pop" aproveita 'revival' da MPB e traz os grandes sucessos Próximo Texto: Basquete vive era dos pivôs e fim do show Índice |
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