São Paulo, sábado, 1 de outubro de 1994
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Covas e FHC se perdem em em caminhada

LUCIA VAZ; CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os candidatos do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, e ao governo de São Paulo, Mário Covas, se perderam um do outro ontem durante caminhada do partido no centro de São Paulo.
O desencontro provocou trocas de farpas entre Covas e o secretário-geral do PSDB, Sérgio Motta, que acompanhou FHC até o final.
"O Covas sempre se perde", alfinetou Motta. "Eles é que se perderam. Não vou dizer que é uma burrice, mas é uma injustiça terem perdido o melhor da festa", respondeu o candidato ao governo.
FHC e Covas se desencontraram quando a passeata passava em frente às escadarias do teatro Municipal. Covas parou para grafitar um painel com desenhos dele e de FHC. Mas o candidato a presidente não percebeu e seguiu em frente até o final da passeata.
"Acabei tendo que pintar o desenho do Covas e ele pintou o do FHC. Acho que o meu ficou mais bem-acabado", disse José Serra, candidato do partido ao Senado.
Segundo a PM, 2.500 pessoas participaram do ato.
Pesquisa
Durante a caminhada, Covas disse que o crescimento de Francisco Rossi (PDT) nas pesquisas de opinião não o preocupa.
Na sua opinião, as pesquisas demonstram que os eleitores de Rossi não têm o mesmo perfil dos eleitores do PSDB. "O crescimento dele (Rossi) deve preocupar o Barros Munhoz e o José Dirceu", disse Covas em referência aos candidatos do PMDB e do PT.
Segundo o Datafolha, Covas está com 46%, índice que lhe garante a vitória no primeiro turno. Rossi tem 16%. Covas tem sete pontos a mais que a soma dos outros candidatos. Munhoz está com 10%. Dirceu tem 9%.
Covas não quis comentar a possibilidade de vitória já no dia 3: "É um desrespeito com a opinião pública tentar antecipar a vitória."
Munhoz criticou o levantamento do Datafolha. "As pesquisas que tenho indicam a possibilidade de disputarmos o segundo turno", disse o peemedebista.
Para Dirceu, "a pesquisa pode até estar certa, mas eu só dou credibilidade à apuração". (Lucio Vaz e Carlos Magno de Nardi)

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