São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Há 20 anos, informática era gíria pouco utilizada

DA REPORTAGEM LOCAL

No próximo dia 10 de outubro, começa a circular o "Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa Folha/Aurélio". A obra em 19 fascículos, contém mais de 70 mil verbetes, entre os quais diversos neologismos. Uma das qualidades de um dicionário está em sua capacidade de assimilar as mudanças da língua.
Em 1973, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira dizia que os dicionários de sua época estavam ultrapassados. Lamentava a desatenção dada "à fala do povo, à gíria".
Naquele ano, por exemplo, "informática" era gíria, e pouco usada. Hoje em dia, a palavra e muitas outras pertencentes à linguagem dos computadores fazem parte do cotidiano.
"Informática" aparece à pág. 361 do dicionário Folha/Aurélio, no fascículo 12, que circula no dia 12 de dezembro.
O dicionário será publicado emduas edições. Uma circulará às segundas, e a outra, às quartas. Nestes dias, os exemplares vendidos em banca custarão excepcionalmente R$ 1,00.
A capa dura, o índice, a nomenclatura gramatical brasileira de 1959, as abreviaturas, siglas e sinais usados e os verbetes da letra A, até a palavra "afogado", estão no primeiro fascículo.
O "Aurélio" é um dos mais tradicionais dicionários brasileiros. Tem 19 anos de existência e já vendeu mais de 11 milhões de exemplares.
Morais

No Brasil, os dicionários surgiram no final do século 18. Em 1789, um brasileiro, Antonio de Morais Silva publicou em Lisboa a primeira versão de seu dicionário, baseada em uma obra de Rafael Bluteau, escrita em 1721.
Somente em 1813, Morais publicou uma edição da qual se reconhecia autor.

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