São Paulo, domingo, 2 de outubro de 1994
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Bolsa é opção para quem quer diversificar

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

As aplicações de renda fixa devem manter juros positivos, acima da inflação, mesmo após as eleições de amanhã. São as Bolsas de Valores, entretanto, que prometem lucro bem maior a investidores com paciência para esperar retorno a médio e longo prazos.
Especialistas do mercado analisam esta perspectiva dentro de dois cenários:
1) se a disputa presidencial se definir no 1º turno, a tendência de alta mais consistente seria retomada rapidamente;
2) ficando para o 2º turno, as Bolsas viveriam cerca de 45 dias nervosos, com realizações de lucro (venda de ações) e fortes oscilações.
A pequenos e médios investidores que tenham dinheiro de fato disponível e queiram apostar no fôlego das Bolsas, os analistas recomendam os fundos de ações.
O custo é menor e os fundos, ao diversificarem sua carteira de títulos, conseguem diluir os riscos inerentes ao mercado acionário.
Para Alexandre Zakia, diretor do Banco Operador, o interessado em entrar nas Bolsas deve ter confiança no cenário político, visão de médio prazo e escolher bem o fundo de ações.
Também deve, segundo ele, avaliar sua própria tolerância a riscos. Se for mais receptivo, pode colocar de 50% a 70% do dinheiro disponível em ações. Caso seja mais conservador, de 15% a 30%.
Os próprios fundos de ações têm esta característica. Os administrados pelos grandes bancos em geral são mais conservadores e aplicam parte dos recursos em renda fixa. Neles, tanto o risco quanto o lucro são mais baixos.
Os fundos menores, mais desconhecidos do grande público, são mais agressivos. O próprio tamanho deles permite operações rápidas e arriscadas. Por isso, lideram em rentabilidade nas fases altistas das Bolsas (ver quadro ao lado).
Estes são fundos de ações tradicionais. Os de carteira livre, que cresceram muito nos últimos anos, se diferenciam entre si pela rentabilidade. Alguns não passam de um fundão mais rentável.
Aplicações e resgates de fundos de ações são feitos no chamado D+1. A conversão baseia-se no valor da quota do dia seguinte ao da ordem do investidor. O dinheiro pode ser pago em até cinco dias úteis, mas a maioria dos fundos credita no segundo ou terceiro dia após a ordem de resgate.

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