São Paulo, quinta-feira, 6 de outubro de 1994 |
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Risco de infecção é genético
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Pesquisadores anunciaram ter encontrado pela primeira vez uma evidência de que a suscetibilidade a infecções tem vínculos genéticos (hereditários). A pesquisa está descrita em um artigo na revista científica }Nature de hoje.Os médicos estudaram cerca de mil crianças em Gâmbia, África, um terço das quais tinha malária cerebral. Eles descobriram que aqueles que sofriam mais com a doença produziam grandes quantidade de uma substância conhecida como fator de necrose tumoral (conhecido pela sigla em inglês, TNF). O TNF é uma proteína que ajuda a orquestrar as reações do sistema de defesa do organismo. }Os pesquisadores descobriram evidência de que crianças com uma propensão genética para produzir altos níveis de uma citoquina chave, o fator de necrose tumoral, têm sete vezes mais chance de morrer ou sofrer hemorragia cerebral como resultado da malária cerebral, anunciou em um comunicado o Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido. O motivo, segundo os cientistas, seria uma variante do gene que codifica o TNF no organismo. As crianças que herdam uma cópia desses genes do pai e outra da mãe apresentam maior risco com a doença. Na malária cerebral, o parasita causador da doença se concentra em vasos sanguíneos do cérebro, causando convulsão e coma. Um dos pesquisadores envolvidos, Dominic Kwiatkowski, declara que não será surpresa se surgirem outros exemplos desse tipo de relação entre um gene e as chances de um indivíduo de sobreviver a uma determinada infecção. Texto Anterior: Advogado pede transferência para manicômio Próximo Texto: Empresários e médicos lançam ONG da saúde Índice |
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