São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994
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PNBE quer reforma tributária ainda em 94

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Preocupado com a perda de competitividade dos produtos nacionais frente aos importados, o PNBE lançou ontem uma campanha pela ``reforma tributária já".
Para o PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), há um descompasso entre a redução das alíquotas de importação e as reformas estruturais no país.
O PNBE pede a redução da carga tributária ``impreterivelmente" até o fim do ano para impedir a falência de empresas e o desemprego estrutural no país.
Em documento encaminhado ao ministro da Fazenda, Ciro Gomes, o PNBE exorta o governo a apresentar ``concretamente" sua proposta de reforma tributária.
Emerson Kapaz, coordenador do PNBE, fez um desafio ao governo: ``Se o governo não conseguir aprovar a reforma tributária este ano, deve voltar atrás na redução das alíquotas de importação."
Além da reforma tributária, o PNDE pede prazos mais longos para o pagamento de impostos e financiamentos com juros compatíveis com o mercado externo.
Para Kapaz, a antecipação pelo governo do pagamento do INSS no segundo dia útil do mês é um ``problema gravíssimo".
``A antecipação da arrecadação de impostos não faz sentido em uma economia que caminha para a estabilização", disse.
Kapaz acredita que há condições suficientes para a apresentação e negociação de uma proposta governamental para a reforma tributária nos próximos três meses.
``Temos um presidente eleito que pode voltar ao Senado para negociar a reforma e um governo com um alto índice de popularidade", concluiu.

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