São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994 |
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FHC terá maioria folgada no Senado
CLÓVIS ROSSI
Mudanças na Carta requerem 3/5 dos votos de cada Casa do Congresso o que, no caso do Senado, significa 49 votos. Um balanço preliminar indica que FHC contará com no mínimo 50 senadores. Mas esse número contabiliza o apoio do grupo ligado a José Sarney (PMDB-AP), em princípio composto pelo próprio Sarney e por mais quatro senadores. Para chegar aos 50 votos, computaram-se os 32 senadores particamente eleitos dos três partidos da coligação encabeçada por FHC, os cinco do PP e Romeu Tuma (PL-SP), partidos que passaram a apoiar FHC, sete senadores do PMDB que, já na campanha, se inclinaram pelo virtual presidente eleito, e um senador do PDT. Trata-se de Lúcio Alcântara (CE), que era vice de Ciro Gomes e é aliado dos tucanos no Ceará. A soma dá 45 e, com os cinco votos sarneyzistas, vai a 50. O PMDB continuará sendo o maior partido na Casa, com chances de ficar com 26 senadores, apenas um a menos do que hoje. Esse fato ampara as pretensões de Sarney de presidir a Casa. O regimento prevê que a presidência deve ser do maior partido. Se Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) quiser se eleger para esse cargo, dependerá da criação de um bloco parlamentar com os partidos da coligação que elegeu FHC (PSDB/PFL/PTB). Nesse caso, serão 32 senadores, ainda assim maioria apenas relativa. Também o segundo maior partido será o mesmo (o PFL), que sobe de 14 para 16 ou 19 senadores. Nos demais partidos, as alterações no número de membros do Senado são irrelevantes. É verdade que o PT triplica, ao menos, a sua bancada, mas esse salto se deve ao fato de que possui, hoje, apenas um senador, o paulista Eduardo Suplicy. A Folha considerou sete das 81 vagas ainda indefinidas. Chama a atenção, no Senado, a quantidade de ex-governadores que dele farão parte. Serão pelo menos 23, sem contar as vagas indefinidas às quais concorrem, com chances, outros ex-governadores. Uma das bancadas, a de Santa Catarina, será formada por ex-governadores: Esperidião Amin (PPR), Vilson Kleinubing (PFL) e Casildo Maldaner (PMDB). Texto Anterior: Ok, você venceu! Próximo Texto: Benevides perde disputa no CE Índice |
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