São Paulo, sexta-feira, 7 de outubro de 1994 |
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Homossexuais apóiam método contra a Aids
STEVE CONNOR
A nova técnica consiste em aplicar regularmente plasma sanguíneo de portadores saudáveis do HIV em doentes de Aids e portadores do vírus. O plasma contém anticorpos contra o HIV e funciona como um soro. A técnica pode reduzir em até cinco vezes a mortalidade pela doença e em até três vezes a possibilidade de a Aids se manifestar em portadores saudáveis. Para Phil Bradshaw (nome fictício), o método está prolongando sua vida. ``Depois da transfusão, sinto uma melhora imediata", diz. Ele foi diagnosticado como portador do HIV em 87 e sentiu os primeiros sintomas da Aids em 90. Começou a tomar AZT, mas teve que parar em 92 depois devido aos efeitos colaterais. Passou então a fazer a }imunoterapia passiva. Desde essa época, Bradshaw vai uma vez por mês a um hospital de Londres para receber transfusões de plasma sanguíneo. Ele é acompanhado por seu parceiro, que doa o plasma usado na transfusão. Enquanto Bradshaw recebe meio litro de plasma –com leucócitos (glóbulos brancos, de defesa) e hemáceas (glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio)–, um aparelho retira de seu parceiro meio litro para o mês seguinte. A doação é feita com antecedência porque cada lote de plasma passa por um tratamento químico para retirar o HIV e outros vírus. Embora usada por um grupo de 30 a 40 britânicos e considerada por cientistas como a técnica mais promissora encontrada até hoje, não há ainda na Grã-Bretanha um teste controlado para avaliar a "imunoterapia passiva". No caso de Bradshaw, os médicos resolveram aplicar o tratamento por motivos compassivos. "Ninguém está dizendo que seja uma cura, mas meu médico falou que não existe nada melhor que eu possa fazer", afirma Bradshaw. Tradução de Clara Allain. Texto Anterior: USP é obrigada a mudar seleção de docente Próximo Texto: Juiz permite aborto de feto malformado Índice |
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