São Paulo, sábado, 15 de outubro de 1994 |
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Tucano comemora vitória com jazz Rua onde fica bar foi fechada pela PM ANDRÉA DANTAS
As duas ruas de acesso ao bar foram bloqueadas para carros por 30 homens da PM e do Comando de Policiamento de Trânsito. Só passavam pelo bloqueio os moradores da região e os convidados da festa. Ao chegar, por volta das 22h, FHC não quis falar sobre economia. Respondeu com um ``tenha paciência" a uma pergunta sobre índices de inflação. Nizan Guanaes, da DM-9, um dos publicitários que participaram da campanha tucama, preparou um vídeo com os melhorem momentos da atuação eleitoral de FHC. O salão estava decorado com fotografias recortadas em tamanho natural de candidatos ao governo de vários Estados que tiveram apoio do tucano. Vitoriosos, derrotados e outros que vão disputar o segundo turno se misturavam. Estavam lá as fotos dos eleitos Jaime Lerner (PDT-PR) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), do derrotado Jorge Bornhausen (PFL-SC) e de Hélio Costa (PP-MG) e Roseana Sarney (PFL-MA), que disputam o segundo turno em seus Estados. À meia-noite, deveria começar o show da cantora norte-americana Betty Shirley, do Mississipi, que, ao chegar ao Bourbon, disse ser ``uma honra cantar para um presidente". A festa era mesmo uma manifestação de apego à cultura popular. Pelo menos à norte-americana. Os donos do bar, Luís Fernando Mascaro e Edgar Radesca, presentearam o tucano com um pôster que traz a árvore genealógica do jazz e as assinaturas de Wynton Marsalis, Sarah Vaughan, Chet Baker e Nina Simone. A festa tucana caprichou nos detalhes. Margaridas e velas decoravam o salão, além de 300 tucaninhos de madeira, usados para mexer os drinques. Feitos à base de uma mistura de suco de laranja, suco de manga, vodca e curaçao, carregavam no azul e amarelo, cores oficiais do PSDB. O presidente eleito e sua mulher, Ruth, comeram rondelli com molho branco e uma salada verde com queijo camembert. FHC tomou uísque Ballantine's 12 anos, no que não foi acompanhado pela futura primeira-dama. Nem tudo era unanimidade no grande dia da vitória tucana. Alheio ao futuro prometido pelo presidente eleito, assistia, impassÍvel, à chegada dos convidados o porteiro Balbino. No dia 3 de outubro, ele votou em Enéas. Colaborou GEORGE ALONSO, da Reportagem Local Texto Anterior: Reduções serão mantidas até julho de 95, diz Ciro Próximo Texto: FHC e Ruth viajam a Moscou Índice |
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